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Médicos contestam nova versão
sobre Ronaldo na final da Copa-98
DA REPORTAGEM LOCAL
O médico Lídio Toledo nega
que tenha feito uma infiltração de
xilocaína no joelho direito de Ronaldo horas antes da final da Copa da França em 1998.
Anteontem à noite, na Rede
TV!, o jornalista Jorge Kajuru afirmou que ""a infiltração, que misturava xilocaína e antiinflamatório derivado de cortisona, atingiu,
por acidente, uma veia pequena e,
ao se espalhar pela corrente sanguínea, causou a convulsão".
De acordo com compêndios
médicos, a xilocaína pode provocar, por superdosagem ou injeção
intravascular acidental, ""tremores, seguidos por sonolência, convulsões e inconsciência", entre
outras reações adversas.
A infiltração, prática que foi
muito comum no futebol brasileiro e ajudou a abreviar a carreira,
entre outros, de Garrincha, teria
sido a oitava feita pelos médicos
da seleção em Ronaldo.
Mas eles dizem que se trata de
""fantasia". ""Eu já repeti mais de
mil vezes. O Ronaldo não recebeu
infiltração alguma na Copa do
Mundo. Nunca fiz infiltração em
pacientes do meu consultório,
ainda mais em jogador profissional. Você acha que sou louco?",
perguntou Lídio Toledo, um dos
médicos do Brasil na França.
Segundo ele, quando alguém faz
infiltração para participar de uma
partida, a lógica é que a faça momentos antes do jogo -e ""não sete ou horas [antes da final", como
estão dizendo".
A assessoria de imprensa da
CBF afirmou que a entidade não
acredita na nova versão e que Joaquim da Matta, o outro médico
que acompanhou a delegação,
também já deu declarações ao
Conselho Regional de Medicina
do Rio assegurando que o atleta
não recebeu infiltrações.
A assessoria de Ronaldo adotou
o mesmo discurso, dizendo que
ele só tomou Voltaren -um
analgésico- e não infiltração.
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