São Paulo, segunda-feira, 14 de janeiro de 2002

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Médicos contestam nova versão sobre Ronaldo na final da Copa-98

DA REPORTAGEM LOCAL

O médico Lídio Toledo nega que tenha feito uma infiltração de xilocaína no joelho direito de Ronaldo horas antes da final da Copa da França em 1998.
Anteontem à noite, na Rede TV!, o jornalista Jorge Kajuru afirmou que ""a infiltração, que misturava xilocaína e antiinflamatório derivado de cortisona, atingiu, por acidente, uma veia pequena e, ao se espalhar pela corrente sanguínea, causou a convulsão".
De acordo com compêndios médicos, a xilocaína pode provocar, por superdosagem ou injeção intravascular acidental, ""tremores, seguidos por sonolência, convulsões e inconsciência", entre outras reações adversas.
A infiltração, prática que foi muito comum no futebol brasileiro e ajudou a abreviar a carreira, entre outros, de Garrincha, teria sido a oitava feita pelos médicos da seleção em Ronaldo.
Mas eles dizem que se trata de ""fantasia". ""Eu já repeti mais de mil vezes. O Ronaldo não recebeu infiltração alguma na Copa do Mundo. Nunca fiz infiltração em pacientes do meu consultório, ainda mais em jogador profissional. Você acha que sou louco?", perguntou Lídio Toledo, um dos médicos do Brasil na França.
Segundo ele, quando alguém faz infiltração para participar de uma partida, a lógica é que a faça momentos antes do jogo -e ""não sete ou horas [antes da final", como estão dizendo".
A assessoria de imprensa da CBF afirmou que a entidade não acredita na nova versão e que Joaquim da Matta, o outro médico que acompanhou a delegação, também já deu declarações ao Conselho Regional de Medicina do Rio assegurando que o atleta não recebeu infiltrações.
A assessoria de Ronaldo adotou o mesmo discurso, dizendo que ele só tomou Voltaren -um analgésico- e não infiltração.


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