São Paulo, domingo, 14 de fevereiro de 2010

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Felipe leva frango, mas Corinthians o redime e empata

Goleiro vacila no gol da Portuguesa, no início, e escapa de ser vilão da partida porque Elias evita derrota no 2º tempo

Portuguesa 1
Corinthians 1

RODRIGO MATTOS
DA REPORTAGEM LOCAL

"No campo, não tem moita, não tem muro. É assim vida de goleiro. Você falha e não tem como fazer o gol como o atacante. É triste", lamentou-se o goleiro corintiano Felipe. Explicava um erro feio no gol da Portuguesa no empate de ontem, no Canindé, pelo Paulista.
Aos 13min, Marco Antônio cobrou falta com a intenção de cruzar na área. A bola saiu fraca e quicou sem que ninguém a tocasse. Felipe mexeu os braços para apenas resvalar nela, sem evitar que entrasse na meta.
"Não sei se ele estava frio ou desatento ou se o gramado atrapalhou. É um goleiro muito bom, que não costuma fazer isso", declarou Marco Antônio.
Tão incrédulo quanto ele ficou Felipe, de cabeça baixa enquanto a torcida gritava seu nome. Disse ter sido enganado pelo gramado. "Não é o campo a que eu estava acostumado. Achava que vinha no abdome e veio no ombro", explicou.
O lance alterou o cenário da partida. Os dois times tinham iniciado a partida de forma lenta por conta do forte calor.
Marcada para as 16h pela Federação Paulista de Futebol, sujeita ao calor das 15h pelo horário de verão, a partida ocorreu com temperatura de 32C na maior parte de sua duração. "Estava muito quente. Não dava para tentar um drible, para tentar uma jogada diferente", afirmou o lateral Alessandro.
Em desvantagem, o time corintiano teve que avançar. Mas não conseguia imprimir velocidade às jogadas. Insensível, o árbitro Flávio Guerra não fez parada técnica, nem no primeiro nem no segundo tempo.
Na saída para o vestiário, no intervalo, Felipe caminhou em silêncio. Por lá, foi abordado por companheiros e pelo técnico Mano Menezes, que pediu ao jogador que não se abatesse. O colega Jorge Henrique, atacante, prometeu a reação.
Com sombra na maior parte do campo, o Corinthians passou a fazer pressão sobre o time luso no segundo tempo.
A Portuguesa aproveitava os contra-ataques. Dessa forma, teve duas boas chances de ampliar. Uma delas foi uma conclusão de Heverton na pequena área -Felipe fez bela defesa.
A redenção do arqueiro veio aos 13min. Souza ajeitou de peito e, após a zaga se atrapalhar, Elias pegou a sobra e chutou no canto de Fábio: 1 a 1.
A pressão corintiana cresceu após o zagueiro Domingos, em lance violento, levar o segundo cartão amarelo e ser expulso, deixando o gramado irritado.
O Corinthians, então, passou a apostar nas bolas na área. Na melhor delas, Jucilei acertou bela cabeçada, que iria no ângulo. Fábio conseguiu salvar.
Mais preocupado com a Libertadores, os corintianos saíram satisfeitos por chegar aos 15 pontos, mantendo-se na zona de classificação às semifinais, e salvar seu goleiro. "Ainda bem que na quarta-feira tem outro jogo [contra o Mogi Mirim, no interior]", disse Felipe.


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