São Paulo, domingo, 14 de fevereiro de 2010

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JUCA KFOURI

O estupro da Lei de Moralização


A Câmara dos Deputados restabeleceu a impunidade total dos cartolas. Cabe ao Senado ser cúmplice. Ou não

A CHAMADA Lei da Moralização do Futebol acaba de ser violentada pelos deputados em Brasília. Texto de um obscuro parlamentar do Partido da República baiano, da bancada da bola, José Rocha, que recebeu R$ 100 mil da CBF, em 2002, e R$ 50 mil, em 2006, retroage à situação que vigorava até que o presidente Lula, em 2002, sancionasse a lei moralizadora -que foi parida na gestão FHC.
Novamente os cartolas não terão que responder com seu patrimônio pessoal pelo endividamento dos clubes de futebol, como prevê a legislação em vigor, mudança que até os advogados dos clubes com vergonha na cara consideram um retrocesso.
Verdade que outros, sem pudor, defendem a alteração com o cínico argumento de que a lei não pegou. Como sempre, produziu-se um artigo substitutivo ao atual que é aparentemente rigoroso, mas que, na verdade, não tem efeito prático e retorna aos tempos em que o futebol era uma terra de ninguém.
Resta ao Senado, cuja imagem se confunde com a de José Sarney, impedir que o estupro se consume, esperança fortemente alimentada pela velhinha de Taubaté.

A seleção de fevereiro
Você se lembra da seleção das feras nascidas em janeiro, aqui escalada por sugestão de um gentil leitor como contraponto à seleção de outubro, que é imbatível?
A de outubro, com as datas de nascimento dos craques entre parênteses, foi escalada com Lev Yashin (22); Augusto (22), Elias Figueroa (25), Dario Pereyra (19) e Antonio Cabrini (8); Bob Charlton (11), Falcão (16), Didi (8) e Diego Maradona (31); Mané Garrincha (28) e, finalmente, com Pelé (23).
A de janeiro, com Gianluigi Buffon (28), Lilian Thuram (1º), Marius Trésor (15), Roberto Dias (7), e Athirson (16); Mauro Silva (12), Gérson (11) e Rivellino (1º); Tostão (25), Eusébio (25) e Romário (29).
Pois a deste mês é também poderosa, embora inferior às anteriores: Dino Zoff (28), campeão mundial pela Itália, em 1982; Djalma Santos (27), bi mundial pelo Brasil; Carlos Gamarra (17), o maior jogador da história do Paraguai, ídolo de corintianos e colorados; De Léon (27), o uruguaio que os gremistas imortalizaram; e Marinho Chagas (8), talento em estado puro a serviço do Botafogo e da seleção; Wilson Piazza (25), campeão mundial em 1970, como quarto-zagueiro pelo Brasil, do grande Cruzeiro de Tostão e cia.; Paulo César Carpegiani (7), do Inter, da seleção, do Flamengo, craque; Doutor Sócrates (19), o mais original craque da história do Corinthians e da seleção de 82; e Hagi (5), o maior jogador da história do futebol da Romênia, que encantou o mundo na Copa de 94; Batistuta (1º), maior artilheiro da seleção argentina, e Cristiano Ronaldo (5), o portuga genial.
Se não bastasse, para o gol ainda tem o alemão Sepp Maier (28) e o uruguaio Mazurkiewicz (14); para o coração corintiano tem Basílio (4) e Marcelinho Carioca (1º); para os santistas, Dorval (26), Aílton Lira (19), Giovanni (4) e Pepe (25); os botafoguenses têm Heleno de Freitas (12); como os americanos têm Edu (5) e os palmeirenses, o artilheiro Evair (21); Bebeto (16) e Adriano (17) são ases do Mengo.

blogdojuca@uol.com.br


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