das Regionais

Dirigentes de União São João, São José, Ituano e Araçatuba, os quatro clubes que começaram a disputar anteontem o "quadrangular da morte" do Campeonato Paulista, prometem se empenhar em mudar as regras -que eles mesmo ajudaram a aprovar- para a disputa no próximo ano.
O "quadrangular da morte", ou "rebolo", é o torneio que vai definir os dois clubes rebaixados para a segunda divisão do Paulista.
A idéia é promover a entrada dos clubes grandes já na primeira fase e acabar com a disputa do "rebolo", que, na opinião dos dirigentes, não traz dinheiro para os clubes.
"Na década de 80, qualquer equipe tinha uma média de 30 jogos, mas, neste ano, faremos apenas 16, o que torna difícil a realização de um bom trabalho", diz o presidente do São José, Cláudio Santiago.
Pelo atual sistema de disputa, Corinthians, São Paulo, Palmeiras e Santos só entraram na segunda fase do Paulista, junto com os oito times classificados na fase inicial.
Segundo o presidente do União São João, José Mário Pavan, os culpados pelo fracasso do "rebolo" são os próprios dirigentes.
"Nós ajudamos a elaborar o regulamento e não podemos reclamar", disse Pavan.
O vice-presidente do Araçatuba, Sidinei Giron, também pede mudanças. "O futebol do interior só tem chance de ser promovido com a entrada dos grandes clubes logo na primeira fase."
"É possível que o próximo campeonato sofra algumas alterações", disse o presidente do Ituano, Fernando Francisco Vieira.
Juntos, os quatro clubes vão deixar de receber da federação paulista R$ 3,8 milhões referentes às cotas pelos oito jogos em casa que fariam na segunda fase do Paulista.
A Folha tentou falar anteontem com a federação sobre a idéia dos clubes de mudar as regras da competição no próximo ano, mas não teve resposta da assessoria da entidade até o final da noite. (PAULO FERRARI VIARTE e KLÉBER WERNECK)


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