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Parceiro se diz "deprimido"
com o Brasil
da Reportagem Local
A principal meta da Media Partners, parceiro da empresa de Pelé
no projeto da superliga, é "vender"
o futebol brasileiro para o exterior.
Grosso modo, essa idéia é um
contra-argumento a uma corrente
que diz haver "exagero" nas avaliações sobre a amplitude do mercado brasileiro de futebol.
Ou seja: quando aparecem projetos de profissionalização do futebol no país, surge o argumento de
que o modelo europeu talvez não
seja o ideal para o Brasil, porque as
realidades são muito diferentes.
"Ficamos tristes, deprimidos,
quando olhamos para o Brasil, um
país enorme, com tantas oportunidades", diz Peter Ekelund, da Media Partners International.
"O valor do futebol brasileiro
não se esgota nas fronteiras do
Brasil. O futebol é o mais globalizado dos produtos. Não precisa de
tradução. É uma mercadoria para
a qual você não precisa fazer um
trabalho para colocar em outro
mercado. Essa é a grande sacada
do negócio", afirma Celso Grellet,
sócio da Pelé Sports & Marketing.
Segundo Grellet, a Media Partners acha que o negócio pode se
tornar lucrativo por causa da demanda externa por futebol -tendo o Brasil um dos "produtos"
mais cobiçados.
Na opinião da empresa, nem a
baixa renda per capita dos brasileiros seria um grande entrave à comercialização da futura liga.
"E A TV tem um papel fundamental nisso (na comercialização
com o exterior)", diz Grellet.
Ele aponta, por exemplo, as
transmissões internacionais como
um das molas propulsoras do sucesso do futebol italiano.
Hoje, o Campeonato Brasileiro é
transmitido internacionalmente
pela ESPN, mas em horários secundários e normalmente em VT.
Para tornar o futebol nacional
atrativo para a TV mundial, afirma
o empresário, é necessário organizar o calendário das competições e
manter os principais -e mais caros- jogadores no Brasil, como
Ronaldinho e Rivaldo.
"Os europeus enxergam o Brasil
como o grande celeiro do futebol
do mundo. O produto (o futebol
brasileiro) teria um valor muito
grande se Ronaldinho não tivesse
sido vendido. O produto não é
vendido porque os craques estão
jogando lá (na Europa)", afirma
Grellet.
(RD e MD)
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