São Paulo, terça-feira, 14 de abril de 2009

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Corte da FIA reúne times para decidir rumo da F-1

Em Paris, Tribunal de Apelações julga recursos de 4 equipes contra outras 3

Motivo do racha, difusores de Brawn, Williams e Toyota podem ser proibidos a partir do GP da China ou liberados para as 15 provas restantes

DA REPORTAGEM LOCAL

O Mundial de F-1 ainda está no começo, apenas 2 das 17 etapas foram disputadas. Mas o destino do campeonato será decidido hoje, 201 dias antes do GP de Abu Dhabi, que encerra o calendário. Tudo está nas mãos da Corte de Apelações da FIA.
O órgão julgará os recursos de quatro equipes contra um apêndice aerodinâmico usado por outras três. As acusadoras, Ferrari, Red Bull, Renault e BMW. As que se defendem, Brawn, Williams e Toyota. O centro da discórdia, o difusor, uma peça localizada na traseira do carro, abaixo do aerofólio.
Segundo a entidade máxima do automobilismo, o resultado só vai ser revelado amanhã.
Na opinião das acusadoras, os desenhos usados pelas rivais infringem o regulamento, pois criam um segundo nível para passagem do ar, ajudando a grudar os carros ao solo. A defesa alega que o regulamento é vago e que abre brecha para a interpretação usada por seus engenheiros. Resolver essa questão será a tarefa da Corte.
Na Austrália, antes da prova que abriu a temporada, Ferrari, Red Bull e Renault protestaram contra o dispositivo, que foi considerado legal pelos comissários. Uma semana depois, na Malásia, a BMW fez o mesmo. De novo, a peça foi liberada. Daí, os recursos e a convocação para um julgamento definitivo.
Na opinião de toda a F-1, os difusores são a principal explicação para a mudança brusca na relação de forças da categoria. Sucessora da quebrada Honda, a Brawn está 100% no ano: com Jenson Button, obteve duas poles e duas vitórias. Mais: o vice-líder é seu companheiro, Rubens Barrichello.
A mudança é mais clara na tabela do Mundial de Construtores. A Brawn lidera, com 25 pontos, seguida por Toyota. As principais forças das últimas temporadas estão na rabeira. A McLaren é oitava colocada, com só um ponto. A Ferrari, zerada, ocupa a última colocação.
Se os difusores forem mantidos, as equipes que não os usam terão de buscar adaptações -o que não será fácil como pode parecer, já que a peça integra todo o projeto aerodinâmico dos carros. Caso sejam proibidos a partir do GP da China, no próximo domingo, Brawn, Williams e Toyota admitem que perderão muito rendimento.
Há, ainda, uma possibilidade mais radical, de esses três times perderem todos os pontos conquistados até agora.
"Seria uma grande pena de isso acontecesse", afirmou Barrichello, depois de terminar em quinto o GP da Malásia.


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