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Corte da FIA reúne times para decidir rumo da F-1
Em Paris, Tribunal de Apelações julga recursos de 4 equipes contra outras 3
Motivo do racha, difusores
de Brawn, Williams e Toyota
podem ser proibidos a partir
do GP da China ou liberados
para as 15 provas restantes
DA REPORTAGEM LOCAL
O Mundial de F-1 ainda está
no começo, apenas 2 das 17 etapas foram disputadas. Mas o
destino do campeonato será
decidido hoje, 201 dias antes do
GP de Abu Dhabi, que encerra o
calendário. Tudo está nas mãos
da Corte de Apelações da FIA.
O órgão julgará os recursos
de quatro equipes contra um
apêndice aerodinâmico usado
por outras três. As acusadoras,
Ferrari, Red Bull, Renault e
BMW. As que se defendem,
Brawn, Williams e Toyota. O
centro da discórdia, o difusor,
uma peça localizada na traseira
do carro, abaixo do aerofólio.
Segundo a entidade máxima
do automobilismo, o resultado
só vai ser revelado amanhã.
Na opinião das acusadoras,
os desenhos usados pelas rivais
infringem o regulamento, pois
criam um segundo nível para
passagem do ar, ajudando a
grudar os carros ao solo. A defesa alega que o regulamento é
vago e que abre brecha para a
interpretação usada por seus
engenheiros. Resolver essa
questão será a tarefa da Corte.
Na Austrália, antes da prova
que abriu a temporada, Ferrari,
Red Bull e Renault protestaram
contra o dispositivo, que foi
considerado legal pelos comissários. Uma semana depois, na
Malásia, a BMW fez o mesmo.
De novo, a peça foi liberada.
Daí, os recursos e a convocação
para um julgamento definitivo.
Na opinião de toda a F-1, os
difusores são a principal explicação para a mudança brusca
na relação de forças da categoria. Sucessora da quebrada
Honda, a Brawn está 100% no
ano: com Jenson Button, obteve duas poles e duas vitórias.
Mais: o vice-líder é seu companheiro, Rubens Barrichello.
A mudança é mais clara na
tabela do Mundial de Construtores. A Brawn lidera, com 25
pontos, seguida por Toyota. As
principais forças das últimas
temporadas estão na rabeira. A
McLaren é oitava colocada,
com só um ponto. A Ferrari, zerada, ocupa a última colocação.
Se os difusores forem mantidos, as equipes que não os usam
terão de buscar adaptações -o
que não será fácil como pode
parecer, já que a peça integra
todo o projeto aerodinâmico
dos carros. Caso sejam proibidos a partir do GP da China, no
próximo domingo, Brawn, Williams e Toyota admitem que
perderão muito rendimento.
Há, ainda, uma possibilidade
mais radical, de esses três times
perderem todos os pontos conquistados até agora.
"Seria uma grande pena de
isso acontecesse", afirmou Barrichello, depois de terminar em
quinto o GP da Malásia.
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