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FUTEBOL
Temendo fracasso contra o Peñarol, diretoria aumenta prêmio por vaga
São Caetano abre a mão para seguir na Libertadores
EDUARDO ARRUDA
DA REPORTAGEM LOCAL
Os jogadores do São Caetano terão um estímulo a mais para superar o Peñarol, hoje, às 21h10, no estádio Anacleto Campanella, e
avançar, pela primeira vez na história do clube, às semifinais da
Taça Libertadores.
A diretoria do time do ABC decidiu aumentar a premiação combinada com os atletas em caso de
classificação hoje. Com o acordo,
os dirigentes do clube esperam
que a equipe também possa superar a "síndrome de tremer em
momentos decisivos".
O temor é justificável. Maior
sensação do futebol brasileiro nos
últimos anos, o São Caetano foi
derrotado nas duas últimas finais
do Nacional por Vasco, em 2000,
e Atlético-PR, em 2001.
No Rio-SP deste ano, a equipe
do técnico Jair Picerni caiu nas semifinais diante do Corinthians.
"Será um prêmio que agradará
aos jogadores e coerente com a situação do clube", afirmou o vice-presidente de futebol do São Caetano, Luiz de Paula, sem revelar o
valor da nova gratificação.
Os atletas do São Caetano não
quiseram comentar o acordo com
a diretoria. Mas, reservadamente,
dizem que o clube saberá reconhecer o "esforço" do time.
Como foi derrotado pelos uruguaios na partida de ida, em Montevidéu, por 1 a 0, os brasileiros terão de vencer por, no mínimo
dois gols de diferença para obterem a classificação. Se ganharem
por um gol, a vaga será definida
na disputa de pênaltis.
Na avaliação dos dirigentes do
time do ABC, o Peñarol é um adversário "fraco e que joga atrás".
"Temos todas as chances de
vencer. Só falta tranquilidade ao
time. Acredito que, se passarmos
por eles, ninguém nos segura",
declarou o diretor de futebol do
São Caetano, Genivaldo Leal.
Jair Picerni endossou o diagnóstico da cúpula do clube sobre seus
comandados. De acordo com ele,
faltou "sangue frio" à equipe na
capital uruguaia.
"Nós estivemos bem no jogo de
ida, mas pecamos muitos nas finalizações. Agora, devemos ter
competência e confiança para decidirmos nos 90 minutos", declarou o treinador, descartando uma
eventual decisão nos pênaltis.
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