São Paulo, terça-feira, 14 de maio de 2002

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FUTEBOL

Temendo fracasso contra o Peñarol, diretoria aumenta prêmio por vaga

São Caetano abre a mão para seguir na Libertadores

EDUARDO ARRUDA
DA REPORTAGEM LOCAL

Os jogadores do São Caetano terão um estímulo a mais para superar o Peñarol, hoje, às 21h10, no estádio Anacleto Campanella, e avançar, pela primeira vez na história do clube, às semifinais da Taça Libertadores.
A diretoria do time do ABC decidiu aumentar a premiação combinada com os atletas em caso de classificação hoje. Com o acordo, os dirigentes do clube esperam que a equipe também possa superar a "síndrome de tremer em momentos decisivos".
O temor é justificável. Maior sensação do futebol brasileiro nos últimos anos, o São Caetano foi derrotado nas duas últimas finais do Nacional por Vasco, em 2000, e Atlético-PR, em 2001.
No Rio-SP deste ano, a equipe do técnico Jair Picerni caiu nas semifinais diante do Corinthians.
"Será um prêmio que agradará aos jogadores e coerente com a situação do clube", afirmou o vice-presidente de futebol do São Caetano, Luiz de Paula, sem revelar o valor da nova gratificação.
Os atletas do São Caetano não quiseram comentar o acordo com a diretoria. Mas, reservadamente, dizem que o clube saberá reconhecer o "esforço" do time.
Como foi derrotado pelos uruguaios na partida de ida, em Montevidéu, por 1 a 0, os brasileiros terão de vencer por, no mínimo dois gols de diferença para obterem a classificação. Se ganharem por um gol, a vaga será definida na disputa de pênaltis.
Na avaliação dos dirigentes do time do ABC, o Peñarol é um adversário "fraco e que joga atrás".
"Temos todas as chances de vencer. Só falta tranquilidade ao time. Acredito que, se passarmos por eles, ninguém nos segura", declarou o diretor de futebol do São Caetano, Genivaldo Leal.
Jair Picerni endossou o diagnóstico da cúpula do clube sobre seus comandados. De acordo com ele, faltou "sangue frio" à equipe na capital uruguaia.
"Nós estivemos bem no jogo de ida, mas pecamos muitos nas finalizações. Agora, devemos ter competência e confiança para decidirmos nos 90 minutos", declarou o treinador, descartando uma eventual decisão nos pênaltis.



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