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São Paulo, quarta-feira, 14 de maio de 2003

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FUTEBOL

Torneio vê reencontro de jogadores em baixa com técnicos parceiros

Maior Brasileiro também é campeonato de compadres

PAULO COBOS
DA REPORTAGEM LOCAL

Quando a carreira entra em declínio, nada como um amigo e admirador com a mão estendida.
Jogadores que estavam em baixa encontraram no Brasileiro-2003, o mais longo da história, um novo emprego em clubes dirigidos por antigos chefes.
O meia Zinho, 35, foi dispensado do Palmeiras, mas achou abrigo no Cruzeiro de Wanderley Luxemburgo, com quem ganhou, pela equipe paulista, o Nacional duas vezes na década passada.
Se o jogador carioca ainda conta com um currículo respeitável no passado, outros atletas mais modestos tiveram como grande trunfo os laços com os técnicos.
É o caso do meia Fernando Diniz, 29, que trocou o Fluminense pelo Flamengo, indicado por Nelsinho Baptista, que foi seu treinador no Corinthians em 1997. "Trabalhei com ele no Corinthians e conheço seu estilo", disse Nelsinho, sem se importar com as críticas que seu pupilo recebia quando estava nas Laranjeiras.
O Brasileiro ainda promove o reencontro de jogadores que foram símbolos dos trabalhos mais famosos de alguns técnicos.
Capone, 30, não serviu para o Corinthians, onde só esquentou o banco nos pouco mais de três meses que passou no clube. Mesmo assim, foi resgatado por Oswaldo Alvarez, hoje no Atlético-PR. Os dois projetaram-se para o futebol no Mogi Mirim, em que Capone desempenhava papel principal no então revolucionário esquema 3-5-2 do time do interior de São Paulo que revelou Rivaldo.
No Corinthians, Geninho fez coisa parecida com o volante Cocito, 25, um dos líderes da equipe que montou no mesmo Atlético-PR, campeão brasileiro de 2001.
"É muito bom trabalhar com um jogador que você já conhece, o entrosamento é mais fácil. Pedi o Cocito porque sei das qualidades dele. Ele cumpre bem diferentes funções", afirma o treinador sobre seu faltoso volante.
No Internacional, Muricy Ramalho não hesitou em chamar Sangaletti, 28, com quem brilhou no Náutico, quando foi contratado pelo clube gaúcho. "Ele é experiente, atua em mais de uma posição e costuma se identificar com o clube pelo qual joga", derrama-se em elogios Muricy.
Outro que lembrou parcerias de sucesso na hora de indicar contratações foi Celso Roth. Sob seu comando, o Atlético-MG trouxe o zagueiro Scheidt, 27, que estava em baixa no Corinthians.
Em 1998, com o jogador na zaga e Roth no banco, o Grêmio foi às quartas-de-final do Nacional.
A situação do Fluminense é um pouco diferente. Lá o que acontece é a volta de uma parceria que foge do roteiro técnico/jogador.
Para a temporada 2003, Renato Gaúcho, o treinador do clube carioca, pediu a contratação do volante Djair, 31, com quem jogou junto no próprio Fluminense na conquista do Estadual de 1995.


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