RODRIGO BERTOLOTTO

da Reportagem Local O piracicabano André Cruz, 29, treinou com o time do Milan ontem de manhã e recebeu uma ligação telefônica no início da tarde de América Faria, supervisor da CBF, perguntando sobre sua condição física.
Era o sinal de uma chamada posterior com a confirmação de seu nome no lugar de Márcio Santos. "Disse a Américo Faria que já me recuperei totalmente da operação de hérnia de janeiro."
Cruz, como seu companheiro Leonardo, se apresenta após o jogo de domingo contra a Fiorentina.

Folha - Você já se recuperou da cirurgia de hérnia feita em janeiro?
André Cruz - Não sinto mais nada. Já faz dois meses e meio que venho treinando bem, mas, no começo, o técnico (Fabio Capello) não me escalava porque o Milan estava mal e não queria me sacrificar para a torcida.
Folha - Então, por que depois, com o Milan já sem chances de ser campeão, Capello escalou você?
André Cruz - Ele viu que eu estava em um nível melhor ao da equipe e decidiu que eu deveria voltar. Isso foi no começo de abril.
Folha - Como se sente ao ser convocado porque outro atleta se machucou?
André Cruz - Bom, eu desejava ser chamado na primeira lista, mas não sou eu quem escolhe. Só devo estar à disposição sempre.
Folha - Em 86, Mozer se contundiu após a convocação. Em 94, isso se repetiu com Mozer e Ricardo Gomes. O que acha das contusões às vésperas da Copa?
André Cruz - É difícil de falar disso. As contusões podem acontecer com jogadores de qualquer posição. Conheço Márcio Santos e sei o que está sentindo. Espero que não aconteça mais nada, mas falta quase um mês para a Copa. Muita coisa pode ocorrer.
Folha - Cléber também estava cotado para a vaga. Você acredita que foi chamado por jogar na Europa?
André Cruz - A experiência européia é importante, mas não é tudo: o jogador tem de mostrar condições dentro da seleção. Há jogadores como Denílson que não precisa jogar na Europa para se desenvolver.



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