São Paulo, quinta-feira, 14 de junho de 2001

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Após buscar empate com um atleta a menos, time brasileiro é eliminado

Pênaltis enfim derrubam o Palmeiras da superação

Juca Varella/Folha Imagem
Jogadores do Boca Juniors comemoram a classificação para a final da Libertadores, obtida sobre o Palmeiras nos pênaltis, ontem


Em partida dramática, com invasão de campo e agressões a bandeirinha e a técnico, Boca Juniors vence com "arma" de adversário e alcança a final da Taça Libertadores

DA REPORTAGEM LOCAL

Desta vez, não deu nem para Marcos. A exemplo do que ocorrera na final da Taça Libertadores de 2000, o Boca Juniors venceu o Palmeiras nos pênaltis, após empate em 2 a 2 no tempo normal, e eliminou o rival, garantindo vaga na final do mais importante torneio interclubes sul-americano. O goleiro palmeirense, ao contrário do que ocorreu nos últimos dois mata-matas da competição, contra São Caetano e Cruzeiro, não conseguiu evitar a derrota de seu time nas penalidades. Já Córdoba, do Boca, eleito o melhor atleta da Libertadores-2000, defendeu duas cobranças e foi o destaque do time argentino. Alex, Arce e Basílio não coverteram suas cobranças. Pelo Boca, Traverso desperdiçou. No final, os argentinos venceram, por 3 a 2. É a primeira vez desde 1996 que o Brasil não será representado na decisão da Libertadores. O outro finalista sairá do confronto de Rosario Central (ARG) e Cruz Azul (MEX). As equipes jogam hoje, às 21h, na Argentina, e os donos da casa precisam vencer por três gols de diferença. No jogo de ida, os mexicanos fizeram 2 a 0. O jogo de ontem mais uma vez foi emocionante. Em desvantagem de dois gols, logo no início da partida, o Palmeiras de novo conseguiu um heróico empate e forçou a disputa nas penalidades. O Boca começou melhor e abriu o placar aos 3min. Leonardo e Felipe bateram cabeça na entrada da área, e a bola sobrou para Gimenez. O atacante chutou forte, Marcos rebateu, e Gaitán, sem marcação, só rolou para o gol vazio. Os argentinos ampliaram aos 17min, após bela jogada de Riquelme. O meia avançou, driblou Felipe e Alexandre e bateu cruzado, no canto de Marcos. Aos 30min, o time brasileiro teve sua primeira oportunidade real de gol. Após confusão na área, o volante Magrão bateu forte, e a bola passou por cima do gol. Três minutos depois, em grande jogada pela direita, Alex driblou três rivais e rolou para Lopes. O meia chutou rasteiro, cruzado, mas a bola passou rente à trave. O Palmeiras tanto pressionou que, aos 37min, diminuiu. Juninho avançou pela esquerda em velocidade e cruzou rasteiro. Fábio Júnior dominou, girou e bateu fraco, mas Córdoba, quase ajoelhado, não evitou que a bola o encobrisse e balançasse a rede. No momento em que o Palmeiras tentava o empate, dois torcedores invadiram o gramado eagrediram o auxiliar Daniel Wilson. O jogo ficou paralisado porcinco minutos para o atendimento médico ao bandeirinha. Após o recomeço da partida, o Boca voltou melhor e explorou o nervosismo palmeirense. Aos 50min, o zagueiro Alexandre deu uma entrada sem bola em Traverso e foi expulso. Três minutos depois, na última oportunidade da etapa inicial, os argentinos perderam grande chance com Gaitán. Na segunda etapa, o Boca começou assustando. Logo a 1min, Ibarra arriscou de longe, Marcos desviou, e a bola bateu na trave. Aos poucos, o Palmeiras foi encurralando os argentinos em seu campo e passou a perder um gol atrás do outro. Aos 20min, o volante Magrão chutou forte, e Córdoba espalmou, em mais uma grande defesa. No lance seguinte, o time de Celso Roth empatou. Após cobrança de escanteio, o zagueiro Bermúdez desviou a bolapara o próprio gol. O gol animou o time e a torcida palmeirense, mas o Boca se fechou em seu campo e conseguiu suportar a pressão.


Texto Anterior: Painel FC
Próximo Texto: Eliminação apressa desmanche
Índice


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.