São Paulo, quinta-feira, 14 de junho de 2001

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FUTEBOL

O técnico negocia o retorno de Freddy Rincón ao Corinthians, depois de já ter trazido Muller

Luxemburgo volta às "compras"

MARÍLIA RUIZ
DA REPORTAGEM LOCAL

Wanderley Luxemburgo assumiu de vez as funções de diretor e de técnico do Corinthians.
Luxemburgo, nesta semana, tem dividido a sua atenção entre o Grêmio, com o qual o Corinthians disputa o título da Copa do Brasil no próximo domingo, e o volante Rincón, cujo retorno ao Parque São Jorge está sendo tratado pessoalmente por ele.
O jogador colombiano e o treinador corintiano têm mantido contato todos os dias por telefone, já que o volante está passando férias em Miami (EUA).
Rincón telefona mais para o técnico do que o contrário.
E, para voltar ao clube, que deixou após a conquista do Mundial da Fifa em janeiro de 2000, falta a Rincón convencer-se de que o salário oferecido pela Corinthians Licenciamentos (empresa formada pela parceria HMTF/Corinthians) é "suficiente".
Pesa a favor do Corinthians a amizade com Luxemburgo. Mas a proposta salarial é considerada baixa -não passa dos R$ 120 mil (em moeda nacional e inferior ao salário que recebia no Santos, sua ex-equipe).
O técnico corintiano, que encabeçou a negociação que terminou com a contratação de Muller -em março passado-, não admite falar sobre o assunto.
"Contratação e seleção são assuntos igualmente proibidos. Só falo sobre o Corinthians que vai enfrentar o Grêmio no próximo domingo", disse ele.
Indicar jogadores sempre foi uma função da qual Luxemburgo nunca abriu mão em todos os times que dirigiu.
O próprio treinador nunca negou isso, apesar de ter sido questionado nas CPIs do Congresso que investigam o futebol sobre a sua participação na contratação de alguns jogadores e na convocação de outros para a seleção, cujos passes foram valorizados.
A lista com os nomes desses 32 jogadores foi entregue aos parlamentares pela ex-secretária do técnico Renata Carla Alves. Ela acusa Luxemburgo de ter recebido dinheiro em tais negociações.
Wanderley Luxemburgo nega as acusações, mas confirma ser sua função, como treinador de futebol, indicar jogadores.



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