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Bancada da bola se diz vitoriosa
DO ENVIADO A BRASÍLIA
A "tropa de choque" ligada a
clubes, federações e à CBF na CPI
da Câmara que investigou o futebol considera que o fato de a Mesa
da comissão ter se recusado a
aprovar o relatório da maioria absolveu os dirigentes.
"O relatório do Sílvio Torres
avançou o sinal. Não há provas
para incriminar os dirigentes do
jeito que eles querem", disse José
Lourenço (PFL-BA).
A "bancada da bola", que conta,
entre outros, com o presidente do
Sport, deputado Luciano Bivar
(PSL-PE), conseguiu cooptar parlamentares que se auto-intitulavam "neutros", como Léo Alcântara (PSDB-CE), que reclamou da
postura de Torres e seu grupo.
Segundo ele, Torres sonegou informações e desconsiderou parte
de suas investigações sobre as federações do Sudeste.
Aldo Rebelo (PC do B-SP), presidente da CPI, também foi criticado pela maneira como conduziu os trabalhos da comissão.
Para os descontentes, Rebelo
privilegiou o grupo ligado a ele. O
presidente e o relator se defendem. Dizem que trabalharam de
acordo com as normas e para "o
bem do futebol".
Segundo Rebelo, a CPI mostrou
que o futebol não pode ser tratado
apenas como "um negócio de
poucos", pois é um patrimônio
cultural do povo brasileiro.
No final das contas, se for tomada como base a sessão de ontem,
o contrato CBF-Nike, que motivou a criação da CPI, virou um assunto periférico, sem muita importância e com poucas evidências de irregularidade.
(JAB)
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