São Paulo, quinta-feira, 14 de junho de 2001

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Bancada da bola se diz vitoriosa

DO ENVIADO A BRASÍLIA

A "tropa de choque" ligada a clubes, federações e à CBF na CPI da Câmara que investigou o futebol considera que o fato de a Mesa da comissão ter se recusado a aprovar o relatório da maioria absolveu os dirigentes.
"O relatório do Sílvio Torres avançou o sinal. Não há provas para incriminar os dirigentes do jeito que eles querem", disse José Lourenço (PFL-BA).
A "bancada da bola", que conta, entre outros, com o presidente do Sport, deputado Luciano Bivar (PSL-PE), conseguiu cooptar parlamentares que se auto-intitulavam "neutros", como Léo Alcântara (PSDB-CE), que reclamou da postura de Torres e seu grupo.
Segundo ele, Torres sonegou informações e desconsiderou parte de suas investigações sobre as federações do Sudeste.
Aldo Rebelo (PC do B-SP), presidente da CPI, também foi criticado pela maneira como conduziu os trabalhos da comissão.
Para os descontentes, Rebelo privilegiou o grupo ligado a ele. O presidente e o relator se defendem. Dizem que trabalharam de acordo com as normas e para "o bem do futebol".
Segundo Rebelo, a CPI mostrou que o futebol não pode ser tratado apenas como "um negócio de poucos", pois é um patrimônio cultural do povo brasileiro.
No final das contas, se for tomada como base a sessão de ontem, o contrato CBF-Nike, que motivou a criação da CPI, virou um assunto periférico, sem muita importância e com poucas evidências de irregularidade. (JAB)


Texto Anterior: Dirigentes se empenham para abafar texto
Próximo Texto: Como ficou a CPI
Índice



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.