São Paulo, quarta-feira, 14 de junho de 2006

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Vitória sem objetividade

FABIO TURA
DO DATAFOLHA

O Brasil ontem contra a Croácia foi uma equipe que passou certo e driblou muito. Mas desarmou, chutou e lançou aquém dos demais times.
A equipe de Carlos Alberto Parreira acertou 370 de 402 passes -eficiência de 92%, a segunda melhor do Mundial.
Mas, prova da falta de objetividade, 38,1% dos passes foram trocados no campo defensivo. Quem se destacou foi o volante Zé Roberto, perfeito em todos os seus 36 passes.
Outro sinal de baixa produtividade: a seleção fez só nove lançamentos: seu pior índice em estréias desde 1994 -quando o time também dirigido por Parreira repetiu o número de tentativas.
E, com 22 dribles, a seleção só perde para Costa do Marfim no ranking geral.
O time exerceu fraca marcação contra a Croácia. Desarmou só 111 vezes -em 2002, por exemplo, a média da equipe foi de 144,3 por partida. Como chegavam atrasado nos lances, os jogadores também alcançaram o ingrato índice de maior número de faltas da seleção em estréias desde 1990: 20, ao todo.
Outro número de pequena eficiência foi a quantidade de chutes a gol: 15, o menor índice do time em estréias nas em quatro Copas, repetindo o número do time de Parreira contra a Rússia em 1994. Poucos chutes, pouca pontaria: o acerto de finalizações foi de 33,3%, só o 13º entre as 28 seleções que já jogaram.

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