São Paulo, quarta-feira, 14 de junho de 2006

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"Novatos" seguram Croácia e vitória

Dida, com 3 defesas, e Juan, com precisão, estréiam bem em Copas, porém zagueiro diz que equipe necessita melhorar

Único cartão amarelo do Brasil, Emerson admite tensão com esquema que expõe retaguarda, mas diz que correr não é problema


DOS ENVIADOS A BERLIM

A defesa da seleção não teve uma atuação irretocável, mas os dois ""novatos" em Copas do Mundo foram os destaques em Berlim. O goleiro Dida e o zagueiro Juan foram os principais responsáveis para a seleção manter a tímida vitória de ontem no Estádio Olímpico.
Dida fez pelo menos três defesas difíceis. Já Juan foi preciso na marcação e chegou a evitar um provável gol da Croácia, quando Dida já estava batido.
"Foi uma boa estréia. Temos muito que acertar durante a competição, mas deixar o campo sem tomar gol dá muito mais confiança para a defesa até o final da Copa", disse o zagueiro do Bayer Leverkusen.
Sem levar gol ontem, a defesa soma seis partidas sem ser vazada. A invencibilidade do setor é a maior do técnico Carlos Alberto Parreira na equipe nacional. Esta é a terceira vez que ele comanda a seleção.
Juan creditou sua boa atuação ao fato de jogar ao lado de Lúcio, seu ex-companheiro de defesa no clube alemão.
""As pessoas enchem de defeito a defesa porque temos grandes jogadores do meio para a frente. Ninguém vai falar mal do Ronaldinho ou do Kaká, mas sei que quando jogamos bem posicionados, como hoje [ontem], na maioria das vezes não sofremos gol", disse ele.
O zagueiro afirmou que a dificuldade para vencer os croatas não foi uma novidade. ""Sabia que o jogo seria complicado. A partir de agora, a tendência é crescermos."
O goleiro Dida evitou dar entrevistas ontem no estádio. Ele usou um portão secundário para deixar o estádio sem falar com os jornalistas. Além dele, outros jogadores -Ronaldo, Ronaldinho e Adriano, entre outros- fizeram o mesmo
Embora tenha deixado o estádio satisfeito com o resultado, o zagueiro Lúcio disse que a vitória "magra" foi boa para evitar o clima de "já ganhou".
"Se falava muito sobre o favoritismo, mas esse resultado foi bom para dar um refresco e colocar o time com os pés no chão", declarou o zagueiro do Bayern de Munique.
Um dos mais experientes da seleção, o volante Emerson não escondeu ontem que ficou tenso antes da partida. ""Estava bem tranqüilo, mas hoje [ontem] bateu aquela tensão", disse o jogador da Juventus, cortado da Copa-02 por contusão na véspera da estréia do Brasil.
Emerson reconheceu que o esquema mais ofensivo da seleção deixou o time mais exposto. "Sabemos que tenho que ter uma função mais de marcação. Sei que por causa deste esquema vou ter que correr mais, mas não tem problema", falou o volante, único da seleção que recebeu cartão amarelo na partida de ontem. (EDUARDO ARRUDA, FÁBIO VICTOR, PAULO COBOS, RICARDO PERRONE E SÉRGIO RANGEL)


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