|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Novatos dão vitória ao Brasil na estreia
Com apenas três remanescentes de Pequim-08, time bate Polônia na Liga
Novos atletas da seleção brasileira repetem fórmula de antecessores, exibindo capacidade de superação em momentos decisivos
MARIANA LAJOLO
DA REPORTAGEM LOCAL
As caras eram desconhecidas, mas a facilidade para jogar
e se recuperar em momentos
difíceis parecia com a da antiga
seleção brasileira de vôlei.
Em sua estreia na Liga Mundial, ontem, a renovada equipe
de Bernardinho marcou, de virada, 3 a 1 sobre a Polônia
(23/25, 25/18, 25/20 e 25/19).
Hoje, às 10h, as equipes voltam a se enfrentar no ginásio
do Ibirapuera, em São Paulo.
"No primeiro set, queríamos
mostrar que o Brasil continua
forte. Depois, esquecemos a
pressão", disse Escadinha.
Bernardinho escalou os três
remanescentes dos Jogos de
Pequim que estão no grupo: o
levantador Bruno, o ponta Murilo e o líbero Escadinha. Era a
segurança em um time de novatos. Mas foram as novas caras
que ditaram o ritmo da partida.
"A ansiedade que eles sentiram é normal, não somos franco-atiradores, existe uma responsabilidade", disse Bernardinho, que deu nota 6,5 à equipe.
O principal problema do Brasil foi a ansiedade no ataque e
no contra-ataque. Muitas bolas
recuperadas, graças às boas
atuações do bloqueio e da defesa, eram desperdiçadas. No jogo, o Brasil cedeu 29 pontos,
ante 21 dos adversários.
"Pecamos muito pela falta de
treinamento e entrosamento",
avaliou Leandro Vissoto.
No primeiro set, o problema
ficou evidente. Apesar de ter
começado bem, o time não conseguiu sustentar o ritmo, e a
Polônia virou o placar.
O Brasil ainda encostou graças a um novo nome do time.
Perdendo por 22 a 19, Bernardinho colocou Vissoto na vaga
de Rivaldo. Um dos principais
nomes do último Italiano, o
oposto de 2,12 m acertou bloqueios, foi preciso no ataque e
marcou 24 a 23. Mas o Brasil
não conseguiu virar.
Bernardinho manteve a mesma escalação na segunda etapa.
E, dessa vez, o time deslanchou.
Na falta de entrosamento,
Bruno usou mais as bolas com
Murilo e Lucas -com quem joga no Florianópolis.
Capitão da seleção, Murilo
foi o maior pontuador, com 16
pontos. Apesar disso, estava cabisbaixo após o jogo. "Não gostei da minha atuação e aí fica difícil até de sorrir", disse. Durante o jogo, Murilo chegou até a
discutir com o técnico da Polônia, Daniel Castellani.
Bruno também acionou bastante Rivaldo, oposto de 29
anos que fez ontem seu primeiro jogo pela seleção.
O maior pontuador do último Italiano, na verdade, chama-se Rodrigo. O apelido lhe
foi dado por causa da semelhança com o jogador de futebol, destaque na Copa de 2002.
Rivaldo marcou 15 pontos,
quatro deles de bloqueio.
"Vamos tentar mudar para
não sofrer tanto amanhã [hoje]", disse Bernardinho.
NA TV - Brasil x Polônia
Globo, ao vivo, às 10h
Texto Anterior: Tostão: Conversas com um leitor Próximo Texto: Volley Masters: No feminino, equipe brasileira faz final contra a Itália Índice
|