São Paulo, domingo, 14 de junho de 2009

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Novatos dão vitória ao Brasil na estreia

Com apenas três remanescentes de Pequim-08, time bate Polônia na Liga

Novos atletas da seleção brasileira repetem fórmula de antecessores, exibindo capacidade de superação em momentos decisivos

MARIANA LAJOLO
DA REPORTAGEM LOCAL

As caras eram desconhecidas, mas a facilidade para jogar e se recuperar em momentos difíceis parecia com a da antiga seleção brasileira de vôlei.
Em sua estreia na Liga Mundial, ontem, a renovada equipe de Bernardinho marcou, de virada, 3 a 1 sobre a Polônia (23/25, 25/18, 25/20 e 25/19).
Hoje, às 10h, as equipes voltam a se enfrentar no ginásio do Ibirapuera, em São Paulo.
"No primeiro set, queríamos mostrar que o Brasil continua forte. Depois, esquecemos a pressão", disse Escadinha.
Bernardinho escalou os três remanescentes dos Jogos de Pequim que estão no grupo: o levantador Bruno, o ponta Murilo e o líbero Escadinha. Era a segurança em um time de novatos. Mas foram as novas caras que ditaram o ritmo da partida.
"A ansiedade que eles sentiram é normal, não somos franco-atiradores, existe uma responsabilidade", disse Bernardinho, que deu nota 6,5 à equipe.
O principal problema do Brasil foi a ansiedade no ataque e no contra-ataque. Muitas bolas recuperadas, graças às boas atuações do bloqueio e da defesa, eram desperdiçadas. No jogo, o Brasil cedeu 29 pontos, ante 21 dos adversários.
"Pecamos muito pela falta de treinamento e entrosamento", avaliou Leandro Vissoto.
No primeiro set, o problema ficou evidente. Apesar de ter começado bem, o time não conseguiu sustentar o ritmo, e a Polônia virou o placar.
O Brasil ainda encostou graças a um novo nome do time. Perdendo por 22 a 19, Bernardinho colocou Vissoto na vaga de Rivaldo. Um dos principais nomes do último Italiano, o oposto de 2,12 m acertou bloqueios, foi preciso no ataque e marcou 24 a 23. Mas o Brasil não conseguiu virar.
Bernardinho manteve a mesma escalação na segunda etapa. E, dessa vez, o time deslanchou.
Na falta de entrosamento, Bruno usou mais as bolas com Murilo e Lucas -com quem joga no Florianópolis.
Capitão da seleção, Murilo foi o maior pontuador, com 16 pontos. Apesar disso, estava cabisbaixo após o jogo. "Não gostei da minha atuação e aí fica difícil até de sorrir", disse. Durante o jogo, Murilo chegou até a discutir com o técnico da Polônia, Daniel Castellani.
Bruno também acionou bastante Rivaldo, oposto de 29 anos que fez ontem seu primeiro jogo pela seleção.
O maior pontuador do último Italiano, na verdade, chama-se Rodrigo. O apelido lhe foi dado por causa da semelhança com o jogador de futebol, destaque na Copa de 2002.
Rivaldo marcou 15 pontos, quatro deles de bloqueio.
"Vamos tentar mudar para não sofrer tanto amanhã [hoje]", disse Bernardinho.


NA TV - Brasil x Polônia
Globo, ao vivo, às 10h




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