São Paulo, Sábado, 14 de Agosto de 1999
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Competição tem 2 meses "simbólicos'

da Reportagem Local

Nos próximos dois meses, o Campeonato Paulista masculino de vôlei será disputado de forma "simbólica".
De acordo com o regulamento da competição, as oito equipes participantes, que jogarão entre si em dois turnos na fase de classificação, passarão, todas elas, para a fase de mata-matas (playoffs).
Ou seja, as 54 partidas (de hoje até 12 de outubro) terão um caráter de "quase" amistosos, porque ninguém corre o risco de ser eliminado precocemente. "Quase" porque a classificação final servirá para definir os confrontos das quartas-de-final e quais equipes terão o mando de quadra.
O sistema lembra o de alguns esportes disputados no último Pan-Americano, em Winnipeg (Canadá), nos quais, por falta de um bom número de inscritos, os mesmos atletas que disputavam um classificatório (que acabava não tendo validade nenhuma) também participavam da prova final.
O caso mais marcante foi em uma prova feminina de tiro, com só três competidoras. Já sabendo que ganhariam pelo menos o bronze, elas fizeram um classificatório antes de concorrer às medalhas.
José Montanaro, gerente do departamento de vôlei do Banespa, discorda da fórmula atual de disputa do Paulista.
"Não é a ideal. Sem valer nada, ficam desestimulados os jogadores, a imprensa, o público", afirmou ele. "Mas somos filiados (à Federação Paulista de Vôlei) e temos que acatar o regulamento apresentado."
Montanaro sugere o modelo "Grand Prix", com várias etapas, uma na sede de cada time, em finais de semana. Os quatro mais bem colocados após todas as etapas fariam um quadrangular para definir o campeão.
Mas outras equipes, principalmente as que têm, no papel, um nível técnico inferior, dão apoio à fórmula de disputa.
Para Paulo Coco, treinador do Palmeiras, não haverá desmotivação dos atletas. "A classificação valerá até o final, e quem for melhor terá o mando (dos jogos decisivos) sempre. A primeira fase é importante."
"E estimulará o surgimento de novos talentos", completou Renato Pêra, presidente da Federação Paulista. (LC)


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