São Paulo, quinta-feira, 14 de setembro de 2000

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VIDA NA VILA
Nuzman já se sente como membro do COI

ROBERTO DIAS
ENVIADO ESPECIAL A CANBERRA

Carlos Arthur Nuzman agora é membro do COI.
E entra para o primeiro escalão olímpico conhecendo de perto as cobranças da função.
Tendo de responder, por exemplo, sobre reportagens como a que o ""Los Angeles Times" publicou recentemente.
O diário dos EUA não poupou a atitude do Comitê Olímpico Brasileiro na reunião que organizou em maio, no Rio, com seus similares.
Para o jornal, o encontro serviu para burlar as novas regras do COI. Promoveu a candidatura do Rio aos Jogos de 2012 e levou os votantes até lá, o que é proibido, aproveitando que a corrida eleitoral não começou oficialmente.
Nuzman rebate com o seguinte argumento: "O Rio nem é candidato ainda. Só vai ser quando o prefeito anunciar".
E ataca o porta-voz do COI, Franklin Servan-Schreiber, citado no texto dizendo que a festa "poderia não pegar bem". ""Talvez seja por frases como essa que ele tenha caído", diz Nuzman. "Não tem nada a ver. Levei o pessoal a um restaurante simples. Nem champanhe servi, foi cerveja."
(Schreiber alega que se referiu apenas à legenda que poderiam dar a uma foto dos dirigentes olímpicos sambando. ""O encontro no Rio foi maravilhoso.")
O diário norte-americano, de qualquer forma, vai além.
Diz que o COB presenteou com um relógio que valeria pelo menos US$ 1.000 o presidente da Organização Desportiva Pan-Americana, Mario Vazquez Raña.
Justamente o maior cabo eleitoral da campanha do dirigente pelo novo cargo. ""Desconheço esse relógio", afirma o brasileiro. Nuzman agora é membro do COI.


EM FOCO
Na visão do comitê brasileiro, a reportagem é só mais uma peça de uma suposta perseguição sistemática da imprensa norte-americana ao COI.




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