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FUTURAMA
Um "nada" de antecipação queima largada
MARCELO DIEGO
ENVIADO ESPECIAL A SYDNEY
O que significam dez milésimos de segundo? Para
cientistas da Universidade de
South Wales, Austrália, esse é
o menor espaço de tempo que
pode ser compreendido pela
percepção humana. Um segundo dividido por cem partes. Um "nada".
Pois essa vai ser a tolerância
das largadas nas provas de
atletismo. Com o pé posicionado sobre um sensor, o atleta só
poderá responder ao estímulo
do tiro de largada a partir do
exato segundo (e bota exato
nisso) em que ele for disparado. Um "nada" de antecipação
já vai queimar a partida. E o
atleta que provocar duas anulações será retirado da prova.
Para chegar a detalhes tão
mínimos, a companhia suíça
que cuida da cronometragem
juntou 250 técnicos. Como
neuróticos, visaram a perfeição e usaram mais de cem toneladas de equipamentos.
Números grandiosos, para
desenvolver projetos baseados
sempre na redução, no menor.
Os espectadores também poderão abocanhar sua parte
dessa parafernália. Os maratonistas vão correr com um
minúsculo chip eletrônico atado ao nó do tênis. A cada 5 km
(o total da prova é de 42,195
km), uma antena vai receber
um sinal emitido pelo passo do
corredor. Imediatamente, serão processadas informações
como a velocidade empregada
e a posição do competidor.
No triatlo, mais duas bugigangas para serem atadas ao
corpo. Um chip, preso atrás do
número do participante, que
também vai fornecer dados sobre o desempenho atlético. E
um repelente de tubarões, de
menos de 5 cm, que afasta os
convidados indesejados com
um choque eletromagnético.
EM FOCO
Os barcos do iatismo estão sendo
equipados com o sistema GPS
(Global Positioning System), que
faz monitoramento da posição
via satélite. Para o caso de uma
curva errada.
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