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São Paulo, domingo, 14 de setembro de 2003

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FUTEBOL

Adepto do jogo coletivo, treinador aprova redução dos gols em lances pessoais e reforça zaga contra o Figueirense

Rojas rejeita individualismo no São Paulo

DA REPORTAGEM LOCAL

O técnico do São Paulo, Roberto Rojas, não recorre a eufemismos. Na visão dele, a improvisação e o lance individual não têm vez. É com esse espírito que o time volta ao Nacional hoje, para enfrentar o Figueirense, em Florianópolis.
"É claro que eu prefiro um passe a uma jogada individual. O passe é muito mais interessante do ponto de vista do funcionamento coletivo da equipe", explica.
Os números do Datafolha comprovam a predileção do chileno e apontam uma clara oposição com relação às preferências de seu antecessor, Oswaldo de Oliveira.
Sob o comando de Oswaldo, nas primeiras seis rodadas do Campeonato Brasileiro, o São Paulo marcou seis gols em jogadas criadas isoladamente por seus atletas. Isso significou 46,15% do total de gols do time (13) no período.
Desde a entrada de Rojas -justamente contra o Figueirense, em 4 de maio-, o número despencou. Dos 45 gols feitos nas 23 partidas subsequentes, apenas seis (ou 13,33%) foram marcados em jogadas individuais.
Apesar de desprezado pelo atual técnico, o tipo de lance foi responsável por 22 dos 53 pontos conquistados pela equipe. O total de 12 gols torna o time o mais eficiente no item, ao lado do Paraná.
Só um dos 12 gols marcados foi totalmente inútil: o segundo de Luis Fabiano na derrota (2 a 5) sofrida para o Paysandu, na sexta rodada. O resultado decretou a demissão de Oswaldo de Oliveira, um notório incentivador de soluções individuais para a resolução de jogos difíceis.
Mesmo diante de números tão contundentes, Rojas não perde a convicção. Ele admite que os lances individuais que decidem jogos, claro, são bem-vindos. Mas prefere ver o time chegando ao gol graças à qualidade do passe.
Nesse quesito, o São Paulo está acima da média do próprio campeonato, que é de 289 passes por partida. Os são-paulinos trocam, em média, 304 bolas por jogo.
"Quando você tem um jogador como o Ricardinho, ou como o Alex, do Cruzeiro, tem de buscar sempre um jogador melhor posicionado para concluir", diz Rojas.
O técnico ensaiou, durante a semana, abandonar o esquema 3-5-2 que sempre utilizou nas partidas fora de casa. Anteontem, porém, testou a formação com Júlio Santos, Jean e Adriano, que deve ser escalada em Florianópolis.
Luis Fabiano, que voltou da seleção brasileira, reforça o ataque. Seu companheiro será Kléber.

Declínio catarinense
O Figueirense terá como principal novidade a volta do lateral-esquerdo Triguinho, que cumpriu suspensão na rodada passada.
O clube, que chegou a ser um dos dez melhores do torneio, vem perdendo posições e ocupava, até o início da rodada deste fim de semana, o 14º lugar. (ALEC DUARTE)


NA TV - Figueirense x São Paulo, às 16h, ao vivo, na Globo (só para SP)


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