São Paulo, quarta-feira, 14 de setembro de 2005

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BASQUETE

Pela 1ª vez na história, equipe feminina disputa torneio já classificada para o Mundial, que será no país em 2006

Brasil afia suas reservas na Copa América

ADALBERTO LEISTER FILHO
DA REPORTAGEM LOCAL

Com só três atletas que estiveram nos Jogos de Atenas-04, a seleção feminina estréia hoje na Copa América de Santo Domingo (República Dominicana), contra a Argentina, com novo status.
Será a primeira vez que a equipe joga o torneio sem obrigação de se classificar para o Mundial. Como será sede do evento, em 2006, o time do técnico Antonio Carlos Barbosa já tem vaga garantida.
Nem quando conquistou o título do Mundial da Austrália, em 1994, a seleção teve lugar assegurado na edição seguinte do campeonato, na Alemanha, em 1998.
"É uma oportunidade maravilhosa neste ano. Vou poder testar jogadoras. Se tivesse obrigação de classificar a equipe, não poderia arriscar", comenta o treinador.
Sem correr riscos, Barbosa pôde abrir mão das brasileiras que estão na WNBA. Mesmo com os times de Janeth (Houston) e Iziane (Seattle) eliminados, as duas não foram chamadas de última hora. "Elas merecem um descanso."
Em um ano cheio de lesões pós-olímpicas, o grupo ficou sem as pivôs Alessandra, Cíntia Tuiú e Kelly. Já Helen, em lua-de-mel, e Adrianinha, com compromissos no Faenza (ITA), foram liberadas.
"Muitas dessas meninas jogam sete meses na Europa, pegam um resto do Paulista e se apresentam à seleção. Não tiram férias há anos. E não havia necessidade de contar com elas", diz Barbosa.
Assim, a pivô Erika, a armadora Vivian e a ala Sílvia, reservas na Grécia, atuarão como titulares. Ega e Micaela completam o quinteto inicial, que pode ser alterado. "Temos que mostrar trabalho agora. Queremos que o Barbosa tenha que quebrar a cabeça, em 2006, quando for definir a seleção para o Mundial", afirma Vivian, 29, a mais experiente do elenco.
Entre os rivais, o mais temido é o Canadá, reforçado por Tammy Sutton-Brown, pivô que atua no Charlotte, da WNBA. "O Canadá jogou amistosos contra a gente com mais arremessos de longa distância e menos jogadas no garrafão. Quero ver como vai ser a readaptação da equipe com a volta da Sutton-Brown", diz Barbosa.


NA TV - Brasil x Argentina, ESPN Brasil e Sportv2, ao vivo, a partir das 20h

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