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VÔLEI
Técnico utiliza Ricardinho e Anderson, e Brasil vence com saque de Giovane
Com reservas na quadra,
time melhora e define jogo
DA REPORTAGEM LOCAL
O Brasil chegou à vitória e à
conquista do Mundial usando, na
maior parte do jogo, dois reservas
na quadra -Ricardinho e Anderson-, estratégia já adotada com
sucesso na semifinal contra a Iugoslávia, e graças a um saque do
também reserva Giovane.
Sem os três, o time iniciou melhor o jogo, liderando quase todo
o primeiro set. Com velocidade
no ataque, deu poucas chances
para o bloqueio russo, que só tinha acertado três jogadas enquanto os brasileiros lideravam.
Mas a situação começou a ser alterada quando Egortchev, atacante que tinha o melhor aproveitamento da equipe russa no bloqueio até a decisão, acertou um
lance e foi responsável pelo empate no marcador -20 a 20.
A partir daí, os brasileiros, demonstrando nervosismo, começaram a errar o passe e acabaram
perdendo por 25 a 23.
Para o segundo set, uma das instruções de Bernardinho foi para a
equipe brasileira tentar forçar
mais o saque -perdeu seis no
primeiro, contra três dos rivais-
e voltar a jogar como no início,
com mais velocidade e variação
nas jogadas ofensivas.
Apesar da orientação, o Brasil
iniciou o segundo set exatamente
como terminou o primeiro.
Os russos, com Egortchev bem
no bloqueio e Abramov firme no
ataque, chegaram a abrir cinco
pontos de vantagem. Mas o time
de Bernardinho, numa sequência
de saques de André Nascimento,
chegou ao empate -11 a 11.
O técnico, então, substituiu André por Ricardinho e Maurício
por Anderson. Com os dois reservas na quadra, o Brasil melhorou
e, num set que terminou marcado
pelo equilíbrio, venceu -27 a 25.
No terceiro set, o time rendeu
ainda mais e, enquanto os russos
falhavam no bloqueio, os brasileiros saíam-se bem no saque.
A equipe de Bernardinho, com
75% de acerto na recepção contra
apenas 35% dos russos, não teve
os problemas do set anterior e fechou em 25 a 20. Além de aprimorar o saque, começou a utilizar o
bloqueio triplo, por ordens da comissão técnica, reduzindo as opções dos adversários, que usavam
pouco as bolas de meio.
O Brasil acabou o jogo fazendo
70 de seus 129 pontos de ataque,
contra 59 da Rússia -no total, a
equipe derrotada fez 117 pontos.
No quarto set, o panorama, que
até então era favorável ao Brasil,
mudou -o saque brasileiro piorou, e o russo melhorou. Assim, a
equipe de Egortchev chegou a 21 a
17. Com dois contra-ataques após
saques de Giba, o Brasil encostou
-22 a 21-, mas não conseguiu
virar. Perdeu por 25 a 23.
No tie-break, o Brasil fechou
com 15 a 13 com um saque perfeito do reserva Giovane, bem no
fundo da quadra, que chegou a
beliscar a linha lateral.
ATUAÇÕES - BRASIL - Maurício (1 ponto), André Nascimento (6), Giba (18), Nalbert
(23), Henrique (7), Gustavo (9), Escadinha (líbero); Ricardinho (3), Anderson (14), Giovane
(3), Rodrigão (0); RÚSSIA - Khamouttskikh (3
pontos), Abramov (16), Tetioukhine (22), Iakolev (14), Ergotchev (12), Koulechov (6),
Mitkov (líbero); Olikhver (2), Ushakov (0),
Khtei (0), Kossarev (0), Guerassimov (2)
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