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São Paulo, terça-feira, 14 de outubro de 2003

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FUTEBOL

Desde vexame no Sul, time paulista vê rivais explorarem lances de efeito

Defesa do Corinthians vira presa fácil para dribladores

RICARDO PERRONE
DA REPORTAGEM LOCAL

Desde que perdeu por 6 a 1 do Juventude, o Corinthians virou um alvo fácil para dribles e jogadas desconcertantes de seus adversários. São Paulo, São Caetano e Vitória, rivais corintianos após a goleada no Sul, ficaram à vontade para arriscar os lances de efeito.
Diante dos corintianos, o Vitória, que perdeu por 2 a 1, e o São Caetano, tentaram mais dribles do que sua média no Brasileiro, de acordo com o Datafolha.
Anteontem, os são-paulinos não conseguiram a mesma evolução, mas comemoraram um gol de calcanhar marcado por Fábio Simplício na vitória por 3 a 0.
Antes do humilhante lance do volante, o Corinthians havia sofrido com um gol do Juventude numa jogada que começou com um cruzamento de "letra" de Hugo.
Após a goleada no último dia 28, a maior sofrida pelo time em sua história no Nacional, o clube perdeu o técnico Geninho, sofreu duas derrotas, obteve uma vitória, levou sete gols e marcou dois.
Nesses três jogos, a equipe paulista foi driblada 47 vezes.
O Vitória, apesar de perder o jogo, foi o primeiro time a demonstrar confiança para explorar mais as jogadas de efeito contra o Corinthians. A equipe fez 15 fintas, mais que sua média: 13,5.
No São Caetano, o meia-atacante Marcinho, que defendeu o Corinthians em 2002, foi o jogador que mais aproveitou a liberdade dada pelo rival. Ele saiu de campo como o maior driblador do jogo, com sete desses lances.
Na vitória por 3 a 0, na semana passada, a equipe do ABC tentou 19 fintas -sua média é de 17,4. O clube agora é o quinto que mais usa esse fundamento na disputa.
A facilidade foi tanta que os comandados de Tite, mais famosos por sua eficiência na marcação, só erraram dois dribles.
Os últimos rivais corintianos também tiveram mais liberdade para finalizar. O atacante Warley, por exemplo, faz 2,4 arremates por jogo, mas na vitória do São Caetano sobre o Corinthians ele tentou o gol quatro vezes.
Após a derrota para o time do ABC, o goleiro Rubinho disse que seus companheiros de defesa não têm se posicionado da maneira pedida pelo treinador.
Anteontem, a zaga corintiana voltou a dar liberdade para os adversários. "Ninguém ajudou a defesa no rebote da falta cobrada pelo Rogério", reclamou o zagueiro Marquinhos, referindo-se ao primeiro gol do São Paulo, marcado pelo atacante Diego Tardelli.
Apesar da facilidade com que os rivais armam suas jogadas ofensivas, para Júnior o principal problema do time é não ter um atacante "matador", que jogue dentro da área adversária.
Se já reclamava da falta de opções no ataque, Júnior deve estar ainda mais preocupado. No domingo, contra a Ponte Preta, ele não terá Abuda, que levou cartão vermelho diante do São Paulo.
O jogador, revelado no Parque São Jorge, havia conquistado a vaga de Jamelli. O ex-titular agora irá disputar a posição com Bobô, outro atleta que saiu das categorias amadoras do Corinthians.

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