|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
FUTEBOL
Desde vexame no Sul, time paulista vê rivais explorarem lances de efeito
Defesa do Corinthians vira presa fácil para dribladores
RICARDO PERRONE
DA REPORTAGEM LOCAL
Desde que perdeu por 6 a 1 do
Juventude, o Corinthians virou
um alvo fácil para dribles e jogadas desconcertantes de seus adversários. São Paulo, São Caetano
e Vitória, rivais corintianos após a
goleada no Sul, ficaram à vontade
para arriscar os lances de efeito.
Diante dos corintianos, o Vitória, que perdeu por 2 a 1, e o São
Caetano, tentaram mais dribles
do que sua média no Brasileiro, de
acordo com o Datafolha.
Anteontem, os são-paulinos
não conseguiram a mesma evolução, mas comemoraram um gol
de calcanhar marcado por Fábio
Simplício na vitória por 3 a 0.
Antes do humilhante lance do
volante, o Corinthians havia sofrido com um gol do Juventude numa jogada que começou com um
cruzamento de "letra" de Hugo.
Após a goleada no último dia 28,
a maior sofrida pelo time em sua
história no Nacional, o clube perdeu o técnico Geninho, sofreu
duas derrotas, obteve uma vitória,
levou sete gols e marcou dois.
Nesses três jogos, a equipe paulista foi driblada 47 vezes.
O Vitória, apesar de perder o jogo, foi o primeiro time a demonstrar confiança para explorar mais
as jogadas de efeito contra o Corinthians. A equipe fez 15 fintas,
mais que sua média: 13,5.
No São Caetano, o meia-atacante Marcinho, que defendeu o Corinthians em 2002, foi o jogador
que mais aproveitou a liberdade
dada pelo rival. Ele saiu de campo
como o maior driblador do jogo,
com sete desses lances.
Na vitória por 3 a 0, na semana
passada, a equipe do ABC tentou
19 fintas -sua média é de 17,4. O
clube agora é o quinto que mais
usa esse fundamento na disputa.
A facilidade foi tanta que os comandados de Tite, mais famosos
por sua eficiência na marcação, só
erraram dois dribles.
Os últimos rivais corintianos
também tiveram mais liberdade
para finalizar. O atacante Warley,
por exemplo, faz 2,4 arremates
por jogo, mas na vitória do São
Caetano sobre o Corinthians ele
tentou o gol quatro vezes.
Após a derrota para o time do
ABC, o goleiro Rubinho disse que
seus companheiros de defesa não
têm se posicionado da maneira
pedida pelo treinador.
Anteontem, a zaga corintiana
voltou a dar liberdade para os adversários. "Ninguém ajudou a defesa no rebote da falta cobrada pelo Rogério", reclamou o zagueiro
Marquinhos, referindo-se ao primeiro gol do São Paulo, marcado
pelo atacante Diego Tardelli.
Apesar da facilidade com que os
rivais armam suas jogadas ofensivas, para Júnior o principal problema do time é não ter um atacante "matador", que jogue dentro da área adversária.
Se já reclamava da falta de opções no ataque, Júnior deve estar
ainda mais preocupado. No domingo, contra a Ponte Preta, ele
não terá Abuda, que levou cartão
vermelho diante do São Paulo.
O jogador, revelado no Parque
São Jorge, havia conquistado a vaga de Jamelli. O ex-titular agora
irá disputar a posição com Bobô,
outro atleta que saiu das categorias amadoras do Corinthians.
Texto Anterior: Martina Navratilova volta a jogar a Fed Cup Próximo Texto: Junior deixa o Corinthians após dois 3 a 0 Índice
|