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Pênalti para o Corinthians deu início à revolta
DO ENVIADO A SANTOS
E DA AGÊNCIA FOLHA, EM SANTOS
Tudo transcorria bem entre os 13.041 torcedores presentes até o pênalti assinalado pelo juiz Cleber Wellington Abade ser convertido
por Carlos Alberto, aos
42min do segundo tempo, e
resultar em confusão entre a
Polícia Militar e torcedores
nos arredores da Vila.
Aos berros, a torcida chamou Abade de "Edilson"
(Pereira de Carvalho), juiz
que confessou ter vendido
resultados de jogos. Os 11
duelos ele que apitou no Nacional foram anulados.
E não demorou muito, começaram a pingar invasores
no campo nos minutos finais do segundo tempo -o
que deverá causar a perda de
mando do Santos em alguns
jogos deste Brasileiro.
O primeiro foi controlado
por PMs. O segundo correu
diretamente na direção de
Giovanni. Trocou algumas
palavras com o jogador, mas
não escapou de ser detido.
No total, 17 pessoas foram
presas. Houve nove feridos,
entre eles três policiais.
Formou-se então um cordão de PMs para impedir
que o trio de arbitragem fosse agredido. Abade levou 15
minutos para declarar a partida encerrada -saiu sem
fazer comentários. A equipe
corintiana, que se alongava
no gramado, correu para o
vestiário após uma breve celebração com a torcida.
Depois, a PM, que tinha
380 homens, segundo o major Marcelo Prado, ocupou-se de espantar, com balas de
borracha, os santistas revoltados. A correria de torcedores, provocada pela cavalaria, causou o caos entre as
ruas Tiradentes e Princesa
Isabel, com direito a tiros de
festim. Alheia a tudo, os cerca de 2.000 corintianos batucavam no seu setor e esperavam a saída, ocorrida só na
madrugada de hoje, sob escolta da polícia.
O rastro de destruição
também foi sentido pela imprensa. Cinco carros de reportagem estacionados fora
do estádio foram depredados. Santistas, com paus e
pedras nas mãos, quebraram os vidros dos veículos.
Antes do jogo, Paulo Henrique, líder da torcida Sangue Jovem, dissera que "se o
Santos perdesse, a confusão
seria inevitável".
(MDA E ME)
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