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Governo faz pacote de R$ 60 mi
Por Rio-16, programa "Cidade Olímpica" repassará R$ 300 mil/ano a 100 cidades para fomentar base
"Atleta de Ouro" vai dar
R$ 375 mil a 80 esportistas
que têm chance de disputar
medalha olímpica e não
participam do Bolsa-Atleta
EDUARDO OHATA
DA REPORTAGEM LOCAL
EDUARDO ARRUDA
DO PAINEL FC
O Ministério do Esporte assinará, a partir de 2010, convênios com prefeituras para que
acolham e fomentem modalidades olímpicas. Como contrapartida, o governo injetará dinheiro nos municípios participantes. Serão liberados, inicialmente, R$ 60 milhões em dois
programas -"Cidade Olímpica" e "Atleta de Ouro".
É a primeira iniciativa após a
vitória do Rio para ser sede da
Olimpíada de 2016 na direção
de transformar o Brasil em
uma potência esportiva.
""Se uma cidade decidir se
tornar um centro de excelência
em algum esporte, no boxe, por
exemplo, ela desenvolverá estrutura para o desenvolvimento dessa modalidade, tanto na
parte física, com ginásios e
equipamentos, como na parte
técnica", afirma o ministro do
Esporte, Orlando Silva Jr.
Segundo ele, a ideia já foi
apresentada ao presidente Lula, que teria gostado, e ao Comitê Olímpico Brasileiro. A previsão é a de que Lula oficialize o
projeto em breve, avalizando
um crédito extraordinário.
O dinheiro sairá do orçamento da Secretaria de Alto Rendimento do Ministério do Esporte. O "Cidade Olímpica" contemplará numa primeira fase
cem cidades. Cada uma delas
receberá R$ 300 mil de auxílio.
De acordo com estudo da Secretaria de Alto Rendimento,
com esses recursos será possível construir um núcleo de esporte de base, reformar e ampliar equipamentos esportivos
nas cidades escolhidas.
""Existem inúmeras cidades
pelo Brasil que poderiam se
candidatar, isso pulverizaria o
esporte por todo o país. Essa
ideia não é para o atleta de alto
rendimento, é para a base", argumenta o ministro Silva Jr.
Dirigentes esportivos já haviam feito sugestão no sentido
de estabelecer parcerias com
prefeituras. Foi o caso de Roberto Gesta de Melo, da Confederação Brasileira de Atletismo, cuja entidade fez acordo
com a Prefeitura de Maringá.
Outra iniciativa do governo
federal prevista para o próximo
ano e que ganhou fôlego com a
conquista dos Jogos-16 é o programa ""Atleta de Ouro", que
contemplaria competidores do
alto rendimento sem condições
hoje para serem contemplados
pelo programa Bolsa-Atleta.
Em andamento, o programa
aumentará a população no ""topo da pirâmide" e aprimorará
desportistas da elite. A previsão
é a de que sejam liberados R$
30 milhões, que serão distribuídos a 80 esportistas depois de
análise do COB e das confederações das modalidades.
Pelos cálculos, cada atleta receberia R$ 375 mil por ano.
O perfil do "atleta de ouro" é
o do ginasta Diego Hypólito,
com possibilidade de disputar
medalha olímpica. Se o competidor estiver ranqueado entre
os dez melhores do mundo, ele
já se enquadra nesse processo
de escolha. O programa só irá
contemplar aqueles que participam de esportes individuais.
""Quem já tem algum patrocínio não pode ser beneficiado
pelo programa Bolsa-Atleta, segundo sua regulamentação.
Então, o ""Atleta de Ouro" serviria para atender quem acreditamos que tem condições de
"chegar lá"", justifica Silva Jr.
Os resultados em Jogos
Olímpicos são vistos de forma
distinta por ministério e COB.
A entidade dirigida por Carlos
Arthur Nuzman prega, de forma reiterada, que não deve haver cobrança por resultados.
A pasta projetou o país do 16º
ao 20º lugar em Pequim-2008.
Ao final dos Jogos, o Brasil
terminou na 23ª posição, com
três ouros e 17 medalhas.
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