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No chão
Sem técnico, Corinthians fica também sem cara, não defende nem ataca, cai diante do Vasco e fica a cinco pontos do líder
Vasco 2
Zé Roberto, aos 10min, e Éder Luís,
aos 22min do 1º tempo
Corinthians 0
MARTÍN FERNANDEZ
ENVIADO ESPECIAL AO RIO
CIRILO JUNIOR
DO RIO
O Corinthians não para de
cair. Ontem à noite, no primeiro jogo após a demissão
de Adilson Batista, apanhou
do Vasco em São Januário.
Parou no terceiro lugar,
com 49 pontos, a três do Fluminense e a cinco do Cruzeiro. E vê cada vez mais rivais
se aproximando: já corre o
risco de cair para quinto lugar na próxima rodada.
O Corinthians foi um time
sem cara em São Januário.
Não teve nem a segurança
dos tempos de Mano Menezes nem a contundência que
tinha com Adilson Batista.
Falhou quando se propôs a
defender e fracassou quando
foi obrigado a atacar.
Nas últimas oito partidas,
o time havia anotado pelo
menos um gol em todas. Ontem, a excessiva precaução
com o sistema defensivo pregada pelo interino Fábio Carille se mostrou inútil com
menos de dez minutos.
Foi tempo suficiente para
Zé Roberto aprimorar a pontaria dentro da pequena área
corintiana. Primeiro, o atacante do Vasco recebeu livre
e impedido. Isolou. Na segunda chance, também em
impedimento, completou de
primeira para o gol:
1 a 0.
E então o Corinthians, que
tinha laterais orientados a
não atacar e volantes sob ordens de permanecer no campo de defesa, teve que sair
para buscar o empate.
Não conseguiu. Elias, que
havia chegado da Inglaterra
cerca de 24 horas antes, ficou
preso entre Jumar e Rafael
Carioca. Lento, Danilo nunca
foi um substituto à altura para o meia Bruno César.
Quando o Corinthians finalmente chegou perto do
gol do Vasco, Iarley conseguiu o mais difícil, como ele
próprio, sincero, admitiu no
intervalo. "Nunca vi uma bola tão fácil não entrar."
O Vasco se recolheu, abriu
Éder Luís na esquerda, nas
costas de Alessandro, e Zé
Roberto do outro lado, incomodando Roberto Carlos.
E então Felipe, que havia
iniciado a jogada do primeiro
gol, acertou um passe em
diagonal para Éder Luís, que
ultrapassou Alessandro e,
depois, venceu Júlio César.
Foi o 16º gol sofrido pelo
Corinthians em sete jogos
-média de 2,3 por partida. A
pior defesa do Campeonato
Brasileiro é a do Atlético-MG,
com 1,8 gol tomado por jogo.
No intervalo, enquanto
Andres Sanchez se dividia
entre disparar telefonemas e
conversar seriamente com o
diretor de futebol Mario Gobbi, o interino tentava ver algo
positivo no time alvinegro.
"Melhoramos na parte final do primeiro tempo", afirmou Carille às rádios, ainda
no gramado de São Januário.
O atacante Souza, que ganhou ontem mais uma chance como titular, escorregou
ao tentar passar o pé por cima da bola. Substituído, foi
vaiado pelas duas torcidas.
ANTES
O Corinthians
entra em campo mais
preocupado em não perder do que em atacar.
Não cria chances e corre
riscos desde o início.
DURANTE
Sem ser incomodado pela marcação, Felipe desmonta a
retaguarda corintiana
com os passes para os
dois gols vascaínos.
DEPOIS
O Corinthians é
dominado pela marcação do Vasco, que se
contenta com os 2 a 0 e
não se esforça para ampliar o placar.
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