São Paulo, quinta-feira, 14 de novembro de 2002

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FUTEBOL

Com dois atacantes, time paulista pouco criou e saiu da Bahia satisfeito

Corinthians cumpre meta, empata e continua em 3º

DA REPORTAGEM LOCAL

O Corinthians cumpriu a meta estipulada na previsão do técnico Carlos Alberto Parreira e empatou ontem com o Bahia fora de casa. O ponto conquistado manteve o time na terceira posição. Já o Bahia, que agora tem 27 pontos, vai decidir a luta contra o descenso diante da Lusa, no domingo.
Sem a possibilidade de alcançar a liderança, Parreira escalou uma equipe menos ofensiva e deixou claro que a sua intenção era apenas manter o Corinthians entre os quatro primeiros do campeonato.
"Estamos classificados e não temos que nos arriscar", disse.
Em vez do rotineiro 4-3-3, o técnico corintiano inovou e não escalou três atacantes. O meia Marcinho ocupou a vaga que é disputada por Guilherme e Leandro, que não estão machucados.
Outro meia, Juliano, ocupou a vaga do suspenso Renato.
O outro suspenso, Doni, deu vaga a Rubinho no gol. Além disso, o time ainda ficou com jogador a menos no banco de reservas. Isso porque Fabrício não soube informar o anestésico que seu dentista lhe aplicou sem o conhecimento da comissão técnica na última segunda-feira e que poderia ser detectado no exame antidoping.
Mesmo sem três titulares, o Corinthians não mudou a sua tática de valorizar a posse de bola.
Apostava nos contra-ataques, pouco ameaçava o gol de Emerson, mas também não deixava que Rubinho, que não atuava desde agosto, fosse acionado pelos donos da casa, que chutaram pela primeira vez a gol aos 17min.
O time de Candinho até melhorou a partir de então, mas a pressa atrapalhou as melhores chances da equipe. Foram cinco impedimentos anotados no primeiro tempo -na maior parte das vezes, nas triangulações entre Ramalho, Nonato e Róbson.
Aos 23min, depois de falha da zaga corintiana, Róbson recebeu na pequena área de Ramalho, cabeceou para baixo, mas Rubinho fez boa defesa.
Do lado dos paulistas, o novo esquema deu mais certo pela esquerda, de onde saíram as melhores chances com Gil, que também teve suas jogadas (três) anuladas por impedimento.
Mas foi Marcinho, pela direita, quem mais perto chegou do gol no primeiro tempo. Aos 13min, o meia passou pela marcação, invadiu a área e chutou forte, mas a bola saiu por cima do travessão.
O intervalo serviu para Parreira pedir para a sua equipe manter a mesma tática e para Candinho apelar. "É tudo ou nada", disse o técnico do time baiano, que aproveitou para brincar com Parreira. "Você podia facilitar as coisas para mim, não é?", disse.
O pedido de Candinho a seus jogadores fez efeito. O Bahia voltou melhor e pressionou nos primeiros dez minutos. Róbson teve duas boas chances de abrir o placar com cabeceios -o primeiro foi cortado quase em cima da linha por Rogério (1min); e o segundo saiu direto pela linha de fundo (3min).
Foi a vez de o Corinthians se defender. Emerson fez a primeira defesa apenas aos 17min. Marcinho tabelou com Rogério e chutou forte, mas o goleiro do Bahia fez ótima defesa.
O Corinthians melhorou na partida. Gil e Kléber armaram boas jogadas, mas que não terminaram com boas finalizações. Melhor fez Juliano, aos 27min, que recebeu de Rogério e chutou forte. Emerson impediu que os paulistas abrissem o placar.
As melhores chances do Bahia foram com bolas paradas. Róbson e Geraldo cobraram faltas da entrada da área, mas Rubinho fez ótima defesa no primeiro caso (aos 37min) e viu a bola sair direto no segundo.
Nem a entrada de Leandro na vaga de Marcinho melhorou a pontaria do ataque do Corinthians, que volta a campo domingo, contra o Vasco.


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