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Morre aos 77 anos Schiaffino, o cérebro uruguaio do Maracanazo
DA REPORTAGEM LOCAL
O ex-jogador Juan Alberto
Schiaffino, um dos maiores carrascos da história do futebol brasileiro, morreu ontem em Montevidéu, Uruguai. A causa da morte
de "Pepe", como era conhecido
em seu país, não foi divulgada.
Schiaffino tinha 77 anos e morava na capital uruguaia. Sofria havia tempos, segundo informações
do jornal local "El País", de uma
grande enfermidade no coração.
O ex-jogador fez seu nome no
Maracanã, na fatídica (para o Brasil) Copa de 1950. Foi dele o gol de
empate contra a seleção brasileira
na final do Mundial. O Uruguai
acabou vencendo o jogo por 2 a 1 e
se tornou bicampeão mundial.
Meia ofensivo de grande habilidade, Schiaffino teve uma destacada atuação pela seleção celeste
na Copa seguinte, na Suíça, em
1954, quando o Uruguai só não
disputou mais um título porque
caiu na prorrogação da semifinal
diante da poderosa Hungria.
Ele começou sua carreira no Peñarol em 1945. Em 1949, integrava
a "Máquina", ao lado de Ghiggia,
que venceria o campeonato nacional daquele ano e seria a base
da seleção uruguaia em 1950.
Voltou consagrado ao seu país,
conquistou o Uruguaio de 1951 e
1953 e foi comprado pelo Milan,
no qual ganhou o tri do Italiano.
Em 1960, foi para a Roma.
Arriscou-se, ainda, na carreira
de treinador. Dirigiu o Uruguai
na Copa América de 1975 e o Peñarol no mesmo ano.
No período de um mês, contando com Schiaffino, a seleção uruguaia que destruiu o sonho brasileiro em 1950 perdeu três atletas.
O defensor Eusebio Tejera morreu no último sábado. O meia Júlio Pérez, no mês passado.
Apenas cinco atletas do famoso
time do Uruguai daquela Copa seguem com vida. Entre eles o goleiro Maspoli e o atacante Ghiggia,
autor do gol da virada contra a seleção brasileira no Maracanã.
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