São Paulo, quinta-feira, 14 de novembro de 2002

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Morre aos 77 anos Schiaffino, o cérebro uruguaio do Maracanazo

DA REPORTAGEM LOCAL

O ex-jogador Juan Alberto Schiaffino, um dos maiores carrascos da história do futebol brasileiro, morreu ontem em Montevidéu, Uruguai. A causa da morte de "Pepe", como era conhecido em seu país, não foi divulgada.
Schiaffino tinha 77 anos e morava na capital uruguaia. Sofria havia tempos, segundo informações do jornal local "El País", de uma grande enfermidade no coração.
O ex-jogador fez seu nome no Maracanã, na fatídica (para o Brasil) Copa de 1950. Foi dele o gol de empate contra a seleção brasileira na final do Mundial. O Uruguai acabou vencendo o jogo por 2 a 1 e se tornou bicampeão mundial.
Meia ofensivo de grande habilidade, Schiaffino teve uma destacada atuação pela seleção celeste na Copa seguinte, na Suíça, em 1954, quando o Uruguai só não disputou mais um título porque caiu na prorrogação da semifinal diante da poderosa Hungria.
Ele começou sua carreira no Peñarol em 1945. Em 1949, integrava a "Máquina", ao lado de Ghiggia, que venceria o campeonato nacional daquele ano e seria a base da seleção uruguaia em 1950.
Voltou consagrado ao seu país, conquistou o Uruguaio de 1951 e 1953 e foi comprado pelo Milan, no qual ganhou o tri do Italiano. Em 1960, foi para a Roma.
Arriscou-se, ainda, na carreira de treinador. Dirigiu o Uruguai na Copa América de 1975 e o Peñarol no mesmo ano.
No período de um mês, contando com Schiaffino, a seleção uruguaia que destruiu o sonho brasileiro em 1950 perdeu três atletas. O defensor Eusebio Tejera morreu no último sábado. O meia Júlio Pérez, no mês passado.
Apenas cinco atletas do famoso time do Uruguai daquela Copa seguem com vida. Entre eles o goleiro Maspoli e o atacante Ghiggia, autor do gol da virada contra a seleção brasileira no Maracanã.


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