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A PERSONAGEM
Sassá treina para deixar de ser "arma secreta"
DA REPORTAGEM LOCAL
O Brasil perdia para Cuba no
tie-break por 15 a 14, na fase final do Grand Prix-2005, quando o técnico Zé Roberto olhou
para o lado e chamou Sassá.
O erro seria fatal. Mas a mineira de 23 anos não se abalou.
Foi ao fundo da quadra e forçou o saque uma, duas, três vezes seguidas: 17 a 15.
Essa tem sido a rotina de Sassá na seleção. Reserva, ela é
uma das principais armas do time para momentos decisivos.
Rotina que ela tem a chance
de transformar a partir de agora. Será sua a missão de substituir Paula Pequeno, grávida.
"Acho que vai ser tranqüilo.
Tenho a característica de ser
calma e tento passar isso para
as outras", afirmou ela.
Zé Roberto diz que, para ele,
Sassá sempre foi uma "titular".
Apesar do entra e sai, dificilmente não participa dos jogos.
Isso porque, além do saque
potente e da tranqüilidade, a
ponta é uma das atletas com
melhor passe no time. "Ela
sempre deu um equilíbrio bom
à equipe", disse o técnico.
Seu principal problema, porém, é o bloqueio, que vem treinando à exaustão.
No primeiro confronto na
Copa dos Campeões, Sassá já
terá peso extra nas costas. A
saída de rede, principal local na
quadra em que ela irá atuar, é
uma das posições mais usadas
pelas atacantes chinesas.
"Espero que ela consiga parar
os ataques naquela posição",
afirmou Zé Roberto.
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