Nunca Federer foi tão mal, e ainda assim o suíço termina disparado como o melhor tenista desta temporada

R ICHARD GASQUET , 21, finalmente põe o pé no seleto grupo dos "melhores do mundo". Ainda que o ano não tenha sido por inteiro espetacular (derrotas bestas e só um ATP Tour "simples"), o francês passa a ser mais do que "promessa" ou "da turma intermediária".
Fernando González, 27, teve mais um ano irregular, mas, na média, acima do bolo. Se abriu o ano na Austrália com sua primeira final de Grand Slam, não passou da primeira rodada na França e nos EUA. O tempo passa, o tempo voa, e González não sai da moita, para o bem ou mal.
David Ferrer, 25, teve seu melhor ano. Ganhou 58 jogos até agora. Perdeu só quatro vezes na 1ª rodada. Ganhou três torneios. E superou US$ 1 milhão em prêmio em um ano. Está mais do que satisfeito. Andy Roddick, 25, esteve mais na moda. Mas segue na elite, sem sobressalto. Fez um ano forte, semi na Austrália, quartas em Wimbledon e nos EUA, títulos de Queens e Wa- shington. Se era um anti-Federer, ficou para trás. Luta contra si mesmo. Nikolay Davydenko, 26, era a "formiga" do grupo. Muita técnica, zero carisma, buscava a consagração.
Neste ano, deixou as páginas esportivas para freqüentar as policiais: os resultados de seus jogos ficaram sob suspeita, seu caráter idem. Novak Djokovic, 20, foi o destaque. Na quadra, ganhou de Federer, Nadal, Roddick, Ferrer, Gasquet e outros. Fora, deixou o circuito mais leve com suas imitações simpáticas.
Com mais um pouco de feijão, que faltou na final nos EUA, chega lá. Rafael Nadal, 21, sofreu com lesões, a boa temporada de Djokovic e a supremacia de Federer, mas ficou na cola do suíço. Consagrou-se em Roland Garros, fez história em Wimbledon, fez cinco finais de Masters Series, em todos os pisos -não é mais só um especialista em saibro.
Roger Federer, 26, nunca jogou tão mal desde que assumiu o topo. Nunca perdeu tantos jogos, nunca ganhou tão poucos troféus, nunca deixou tanta luz aos rivais, fazia tempo não perdia dois jogos seguidos. Mas ganhou três Grand Slams, sete troféus no total, garantindo por mais um ano sua supremacia. No ano em que tantos foram tão bem, Federer nunca foi tão mal -ainda assim, foi o melhor, disparado.

MASTERS FEMININO
Em seu melhor ano, Justine Henin desfez triste casamento e fechou com virada sobre Maria Sharapova.

COPA PETROBRAS
Franco Ferreiro venceu em Assunção. A copa está em Buenos Aires.

FUTURE DE SÃO BERNARDO
Daniel Silva triunfou. Nesta semana, Porto Alegre tem outro future.

CREDICARD JUNIORS CUP
O Masters revelou os campeões do ano: Gustavo Andrade, Andressa Garcia (18 anos), Guilherme Clezar, Flávia Bueno (16), Marcos Dias, Nathaly Kurata (14), Antonin Haddad e Beatriz Haddad (12).

reandaku@uol.com.br


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