PAULO COBOS
DA REPORTAGEM LOCAL

No ano em que se envolveu em duas grandes polêmicas, o juiz gaúcho Carlos Eugênio Simon, 37, vai colocar seu nome na história do Campeonato Brasileiro.
Ele será o primeiro árbitro, jogador ou treinador a participar de um jogo válido pela final do torneio por cinco anos seguidos.
O juiz teve ontem seu nome confirmado pela CBF (Confederação Brasileira de Futebol) para comandar Corinthians x Santos, amanhã, no Morumbi.
Desde a edição de 1998, Simon apita pelo menos uma das partidas das finais do Nacional.
Desta vez, chega à decisão após um ano cheio de altos e baixos.
Em maio, Simon prejudicou o Brasiliense na primeira partida da final da Copa do Brasil, justamente contra o Corinthians. Ele validou um gol ilegal dos paulistas e não marcou um pênalti a favor da equipe do Distrito Federal.
O presidente do Brasiliense, o ex-senador Luiz Estevão, chamou o árbitro gaúcho de ladrão e acabou processado por Simon.
Na Copa do Mundo, quando foi o representante do apito brasileiro, nova polêmica. A Fifa admitiu que censurou as imagens do telão, uma das novidades da competição, no confronto entre Inglaterra e Suécia, comandado por ele.
A entidade mundial fez isso em lances polêmicos para não jogar a torcida contra o árbitro.
Antes de receber mais uma indicação para uma final de Brasileiro, Simon já havia recebido outra boa notícia. Ele foi indicado para apitar a disputa do Mundial interclubes, entre Real Madrid e Olimpia, no início do mês, quando teve uma boa atuação.
Das quatro edições do Nacional com Simon no apito, duas envolveram o Corinthians, em 1998 e 1999. Nas duas ocasiões, contra Cruzeiro e Atlético-MG, o time paulista foi o vitorioso.
O clube do Parque São Jorge, entretanto, reclamou de um pênalti não marcado no primeiro jogo da decisão de 98 -Simon também dirigiu o último confronto.
No ano passado, o gaúcho monopolizou a série decisiva entre Atlético-PR e São Caetano. Ele trabalhou, sem problemas mais graves, nas duas partidas finais entre esses duelistas.
Simon superou dois adversários na disputa pela partida de amanhã. Os outros favoritos eram o paulista Paulo César de Oliveira, que foi mal na decisão da Série B, entre Criciúma e Fortaleza, e perdeu suas chances, e o paranaense Heber Roberto Lopes, destaque das semifinais.


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