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Disputa entre CBT e Minas vai à Justiça
DA REPORTAGEM LOCAL
O bate-boca entre a CBT
(Confederação Brasileira de
Tênis) e o governo de Minas
Gerais vai virar disputa judicial.
Em maio, a confederação e o
Estado firmaram acordo para o
confronto entre Brasil e Suécia,
pela Copa Davis, disputado em
setembro na capital mineira.
Minas Gerais pagou R$ 1 milhão pelo direito de abrigar o
evento e aconteceram também
despesas diversas (hospedagem, transporte, alimentação
dos atletas, entre outros) que
totalizaram R$ 250 mil.
A CBT reconhece ter recebido esse montante, mas alega
que teve despesas além das
combinadas e cobra outros R$
600 mil do governo mineiro.
Para viabilizar o projeto, Minas Gerais conseguiu patrocinadores para o evento.
O presidente da CBT, Jorge
Lacerda da Rosa, disse que esses patrocinadores passaram a
exigir contrapartidas que não
faziam parte do acordo, como
aumento da área VIP e publicidade na manga dos tenistas. Segundo Lacerda, a CBT esclareceu que os valores teriam que
ser acrescentados ao total a ser
pago pelo governo mineiro.
Sem esses recursos, a confederação diz ter deixado de pagar vários fornecedores.
"A última coisa que a CBT vai
aceitar é a fama de caloteira",
afirmou o dirigente, que informou que o episódio comprometeu também o pagamento
dos tenistas, que não receberam pela venda das mangas.
A CBT pretende aguardar o
pagamento até janeiro. Se isso
não acontecer, vai utilizar verba da Lei Piva para pagar algumas despesas e acionar seu departamento jurídico.
Em nota, o governo de Minas
Gerais afirma que ficou responsável pela articulação de patrocínios no valor de R$ 1 milhão e
superou a meta. Diz que a postura de Lacerda é "irresponsável" e lamenta o calote que empresas levaram com o evento.
"A Advocacia Geral do Estado adotará medidas jurídicas
em relação às declarações feitas
pelo presidente da CBT", encerra a nota de Minas Gerais.
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