São Paulo, quinta-feira, 14 de dezembro de 2006

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CARLOS SARLI

Kelly Slater de saia


A história de Beachley lembra a de Slater: depois de vencer 6 Mundiais, passou dois anos se recuperando de lesões


A SEMANA começou movimentada no Havaí. Enquanto o título mundial feminino de surfe era definido em Maui, em Oahu tubos de mais de dois metros quebravam em Banzai Pipeline e faziam a alegria dos havaianos, que estão dominando o espetáculo.
O Rip Curl Pipeline Masters estreou um novo formato no WCT. Em vez das triagens, que definiam dois surfistas para o evento principal, foram convocados 16 atletas para estrearem com os 45 da elite. Somado ao modelo havaiano que coloca quatro atletas por bateria, deu nova dinâmica à última etapa do Tour. A mudança visa atender às pressões havaianas. E se justifica: 13 dos 16 convocados estão entre os 32 que continuam na disputa, e 11 destes são havaianos. O californiano Rob Machado, campeão da prova em 2000, e o brasileiro Bruno Santos, que nos últimos dois anos se classificou a partir das triagens, completam a lista de "invasores".
A disputa começou domingo com festival de notas altas. Nove das dez maiores foram de havaianos. Kelly Slater, a exceção com 9,43, perdeu na estréia para Jamie O'Brien, que somou duas notas acima de nove e mandou Slater para a repescagem.
Andy Irons segue para levar seu quarto título da Tríplice Coroa. Com a vitória no WQS de Haleiwa, o terceiro lugar em Sunset e com Joel Parkinson (5º e 1º nessas provas) eliminado em Pipeline, ele só espera a hora de ser coroado. Quem roubou a cena foi seu irmão, Bruce Irons, que somou 19,9 pontos na estréia, com um 10 no Backdoor e 9,9 em Pipe. A prova foi interrompida na terça, quando a ondulação perdeu força.
Dois brasileiros seguem na competição: Bruno Santos e Peterson Rosa. De Itacoatiara (Niterói), Bruninho pode ser considerado um expert em Pipeline, e Peterson, que parecia fazer sua despedida da elite, está a uma ou duas baterias de garantir sua 15ª participação entre os melhores. Em Maui, o Billabong Pro aproveitou as boas condições em Honolua para concluir a última etapa do WCT feminino logo no terceiro dia do período de espera. Três australianas disputavam o título, e a mais experiente, Layne Beachley, 34, levou a melhor. Sua história lembra a de Slater: depois de vencer seis Mundiais seguidos, passou dois anos se recuperando de problemas físicos.
Foi a vitória da regularidade. Ela venceu só uma das oito etapas do ano, mas em nenhuma ficou abaixo do quinto lugar. Melanie Redman-Carr, que venceu as três primeiras provas de 2006, teve que se contentar com o vice-campeonato. Destaque para Jessi Miley-Dyer, 20, que ganhou a etapa e fechou o ano de estréia na elite em quarto. Ela venceu o Mundial Pro Junior e terminou o ano como a maior promessa para 2007. A peruana Sofia Mulanovich ficou com título da Tríplice Coroa, e Jacqueline Silva se garantiu na elite chegando à final na última prova do WQS do ano e, com Silvana Lima, representará o Brasil.

UNIVERSITÁRIO DE SURFE
A final do Campeonato Brasileiro será realizada nesta semana na praia de Maresias, em São Sebastião (litoral norte de São Paulo), com atletas estudantes selecionados nas etapas do Rio de Janeiro, da Bahia e de Santa Catarina.

FESTIVAL DE CINEMA
Realizado no Museu da Imagem e do Som, em São Paulo, durante a Mostra de Arte e Cultura Surfe, teve o emocionante "Chasing Dora", realizado pelos diretores Wes Brown e T. J. Barrack, vencendo na categoria melhor filme.

DIA D
O Paço Municipal de Santo André, no ABC paulista, será o palco para a comemoração de Sandro Dias pelo tetracampeonato do Mundial de skate vertical e pela medalha de ouro obtida por Mineirinho nos X-Games. sarli trip.com.br




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