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FUTEBOL
Técnico do Cruzeiro, que nunca foi derrotado por Luxemburgo, afirma que fez substituição com atraso
Culpi mantém tabu, mas admite erro
do enviado a Belo Horizonte
em Belo Horizonte
Apesar de ter mantido o tabu de
jamais ter sido derrotado por
Wanderley Luxemburgo, o técnico
do Cruzeiro, Levir Culpi, admitiu
que fez uma substituição no momento errado do jogo.
Ontem, Culpi completou sua sétima partida sem derrota para o rival -quatro empates e três vitórias, nos últimos três anos.
O técnico já havia eliminado
equipes treinadas por Luxemburgo em duas ocasiões, ambas na Copa do Brasil.
Segundo Levir, a entrada de Dinei permitiu que o Corinthians ganhasse o setor esquerdo do ataque,
e a solução que ele tinha para isso
-a entrada de Ricardinho no lugar de Muller- só foi posta em
prática quando o time paulista já
tinha empatado o jogo.
"O Muller saiu porque a idéia era
proteger mais o lado esquerdo, por
causa do Dinei. Aquele corredor ficou aberto, e o Ricardinho é especialista na cobertura daquele setor.
O Valdo, então, passou para o lado
do Muller, que estava muito fixo
na esquerda. Acontece que os gols
do Corinthians foram muito rápidos, não nos deram tempo de mexer na parte tática. Se não fosse assim, a substituição teria surtido
mais efeito", disse o técnico.
Culpi negou que a saída de Muller tenha limitado o poder ofensivo do Cruzeiro, deixando a equipe
em desvantagem.
Embora tenha dito que a troca
aconteceu tarde, ele negou que tenha errado.
"Você não pode esquecer que levamos os dois gols com o Muller
em campo. Não há o que falar das
alterações, porque elas foram feitas quando o resultado já estava
feito."
Muller, o substituído, saiu irritado de campo, e deixou os vestiários
dez minutos antes do final da partida.
Levir preferiu ignorar a atitude
do atacante. "O que você gostaria
que eu fizesse (em relação à substituição)? Só faltava ele (Muller)
sair batendo palma... Foi uma reação natural, ninguém gosta de ser
substituído", disse o treinador
cruzeirense.
²
Morumbi
Tanto técnico quanto os jogadores do Cruzeiro afirmaram que
gostariam de disputar os jogos de
volta no estádio do Morumbi, provável local das partidas.
"É um estádio melhor, com um
gramado melhor e boas dimensões", disse Culpi, que, alegando
que "o regulamento é claro", recusou-se a comentar a possibilidade
de os jogos acontecerem no estádio do Pacaembu, que tem capacidade de 38.300 lugares.
O regulamento do Brasileiro prevê que as partidas finais sejam disputadas em praças esportivas com
capacidade mínima de 50 mil lugares. A definição do estádio das finais deve ser anunciada hoje.
Para o meia Djair, o tamanho do
Morumbi favorece o time mineiro.
"Ao contrário do Pacaembu, o
Morumbi, pelas características físicas, é um campo neutro. Os dois
times têm chance de vencer."
O meia Valdo foi um dos poucos
que disse que o estádio escolhido
não interfere nas chances do time.
Mesmo assim, o autor do segundo gol cruzeirense afirmou ontem
também preferir o Morumbi.
"Não acho que possa influir no
resultado ou nas chances, mas eu,
particularmente, prefiro jogar no
estádio do Morumbi, por ser um
campo maior e melhor, com mais
chances de praticarmos um bom
futebol. Neutro, nem tanto, porque fica em São Paulo", disse.
(FÁBIO VICTOR)
(PAULO PEIXOTO)
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