|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
CORTADA
Isabel em cena
CIDA SANTOS
²
Na Superliga feminina, o Macaé/Petrobrás tem uma missão
especial. O time perdeu os três
primeiros jogos que disputou,
mas, como única equipe do Rio
no torneio, segue firme com o
propósito de fazer o vôlei feminino renascer naquele Estado. Para isso, conta com a musa do esporte dos anos 80: Isabel.
Aos 38 anos, Isabel joga na diagonal da levantadora Margareth. É responsável pelas bolas de
segurança.
Vale lembrar uma coincidência: as duas fizeram parte de
uma das últimas grandes equipes do Rio, a Supergasbrás, na
década de 80. Depois disso, Isabel rodou o mundo: jogou na Itália, Japão, São Paulo...
Agora, ela quer jogar bem, encerrar a carreira no final desta
temporada e ajudar o Macaé a se
firmar. Isabel diz que continua
jogando porque ainda se diverte
com a adrenalina e a emoção das
partidas. No sábado, contra a
Universidade de Guarulhos, ela
foi a maior pontuadora do time.
Marcou 20 pontos.
Mas as questões do tempo e da
idade têm rondado a sua cabeça.
Não à toa. Ela diz que vibrou no
Mundial com o levantador italiano De Giorgi, de 37 anos. Ele
foi uma das armas de Bebeto de
Freitas para conquistar o título.
Desafiando o tempo, os dois provam que é possível jogar vôlei
perto dos 40 anos.
O tempo também tem surpreendido Isabel. "Meus filhos já
estão jogando", diz a atacante. A
mais nova, Carol, 11, já foi campeã carioca nesta temporada
com o Flamengo. Maria, 15, é a
primeira do ranking infantil de
vôlei de praia. Indicativos de que
o tempo realmente passa.
Isabel tem como colegas de
equipe jogadoras experientes,
como Márcia Fu, 29, Edna, 34, e
Ana Lúcia, 33. No jogo de estréia
contra o MRV/Minas, ela não
conteve a emoção. Virou para
Ana Lúcia e disse: "Que legal que
a gente vai jogar a Superliga".
Por essas e outras é que Isabel
continua jogando vôlei.
cidasan@uol.com.br
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
|