São Paulo, domingo, 15 de fevereiro de 1998

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BASQUETE
Masculino já chegou ao título sul-americano em 1973
Goiás monta equipe feminina em busca dos "anos dourados'

LAURO VEIGA FILHO
em Goiânia

O Estado de Goiás tenta após 24 anos, com uma equipe feminina, recuperar o prestígio obtido no basquete com um time masculino.
A federação local pretende retomar, por meio do sucesso do Vila Nova, os chamados ""anos de ouro" do basquete goiano.
A equipe, basicamente formada por atletas que jogaram o último Campeonato Paulista por vários clubes, é uma das quatro que não representam São Paulo (em um total de oito) no Campeonato Nacional, que começou na quinta-feira.
Com um grupo também de ""migrantes", como Adilson, Doinha, Joy e Danilo, e comandado pelo técnico Kanela, o Vila Nova foi campeão brasileiro e sul-americano (1973) e terceiro colocado no Mundial do México (1974).
Além do título brasileiro, o presidente da Federação Goiana de Basquete, Luiz Antônio Ramalhão, tem planos ambiciosos.
Ele vem negociando com a Massageol (pomada anestésica, principal patrocinador do time) verba para lançar o Centro de Aperfeiçoamento de Basquete, em março.
""O governo do Estado já nos cedeu uma área no Centro Olímpico. O projeto, com gastos estimados em RÏ 10 mil mensais, envolverá 280 crianças e adolescentes em um trabalho de iniciação no basquete", afirmou Ramalhão, que quer criar uma base para desenvolvimento do esporte no Estado.
A formação do time foi decidida, formalmente, em 28 de janeiro, quando a ex-jogadora Hortência, hoje dirigente de basquete, e o governo de Goiás acertaram contratos de patrocínio com a Antarctica (Bavaria), o Banco do Estado de Goiás e a Massageol.
Esta última empresa responderá por 40% dos RÏ 150 mil que serão desembolsados pelos patrocinadores até o final do campeonato, previsto para abril.
Além do técnico Edson Ferreto, Hortência levou de São Paulo as jogadoras Helen Luz, Vânia Teixeira, Deyse, Lígia, Regina Casé, Rosângela, Fabiana e Flávia.
Completam o grupo mais quatro goianas, selecionadas entre os dias 7 e 9 passados. O time ainda quer trazer uma pivô estrangeira.
Em seu primeiro jogo no Nacional, na quinta-feira, contra o Polti-Arpor/Santo André, em casa, o Vila Nova perdeu por 71 a 62.
Ontem, jogaria novamente em Goiânia contra o Uniban/São Bernardo.
""O time ainda não está preparado para todo o campeonato", afirmou o técnico Ferreto, que começou a comandar a equipe há apenas oito dias.



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