|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Massa leva à pista status de favorito
Sem a sombra de Schumacher, brasileiro inicia Mundial de F-1 festejado, mas com 2 fortes rivais: Alonso e Raikkonen
Desde 1994, com Senna, Brasil não começava uma temporada na categoria com um piloto apontado como postulante ao título
DA ENVIADA A MELBOURNE
Há pouco mais de um ano,
Felipe Massa fazia no Bahrein
sua estréia como piloto Ferrari.
Chegava com contrato de um
ano, o pior currículo de um
contratado pela equipe desde
85 e a missão de servir de escudeiro de Michael Schumacher.
À época, pedia paciência,
tempo para mostrar serviço.
Exatos 371 dias depois, a realidade é outra.
Aos 25 anos, começa a temporada com novo status. Depois de galgar espaço no time,
começa a despontar fora dele.
Hoje, no circuito de Albert
Park, em Melbourne, sem a
sombra do heptacampeão, abre
o 58º Mundial de F-1 como um
dos favoritos ao título, o que
não ocorria com um brasileiro
desde 94 -no caso, com Ayrton
Senna e seu Williams FW16.
O primeiro treino livre para o
GP da Austrália acontece às
20h (de Brasília), com TV.
Depois de se tornar o sexto
brasileiro a triunfar em um GP,
em agosto, na Turquia, Massa
colocou seu nome ao lado dos
de Emerson Fittipaldi, José
Carlos Pace, Nelson Piquet e do
próprio Senna ao ganhar o GP
Brasil e acabar com um jejum
que durava 13 anos sem vitórias
de pilotos do país em casa.
Coincidência ou não, na mesma tarde em que aparecia de fato para a F-1, viu Schumacher
deixar as pistas e se converter
numa espécie de conselheiro.
Daquele 22 de outubro, em
que chegou a dizer que era "iluminado", até hoje, o paulistano
reforçou a sensação que o inclui nos favoritos ao Mundial.
Em Maranello, no lançamento da F2007, modelo da Ferrari
neste ano, foi citado por dirigentes como fundamental no
projeto. Sinal de prestígio, também foi dele, e não do novo
companheiro, Kimi Raikkonen, a responsabilidade de testar o carro pela primeira vez.
Na pré-temporada, foi o piloto com melhor desempenho
entre os que testaram, com o
maior número de melhores
voltas -nove no total. No duelo
interno, abriu folga: trabalhou
por 17 dias ao lado de Raikkonen e foi mais rápido 12 vezes.
"A temporada, sim, é o grande desafio. Agora é que começa
pra valer", disse Massa já na
quinta-feira australiana, noite
de ontem no Brasil, na sua primeira entrevista pré-GP.
Mas talvez o mais importante seja o fato de que o brasileiro
tenha sido o único dos favoritos
a permanecer em sua equipe.
Tanto o bicampeão Fernando
Alonso como Raikkonen estão
de casa nova. O espanhol deixou a Renault para ocupar a vaga do finlandês na McLaren.
Apesar de tudo, o brasileiro
prefere ser cauteloso e rejeita
assumir um discurso de favorito. Admite apenas que está "vivendo um bom momento".
É nesse cenário que o piloto
ferrarista começa a busca por
um título que o automobilismo
do Brasil não conquista desde
20 de outubro de 1991, quando
Senna ganhou o oitavo Mundial de F-1 para o país.
Será Massa o próximo? É a
pergunta que o asfalto de Albert Park começa a responder.0
(TATIANA CUNHA)
NA TV - GP da Austrália - Treino livre
Sportv, ao vivo, às 20h
Texto Anterior: José Roberto Torero: Seis dicas para ser titular absoluto Próximo Texto: Regulamento: Círculo branco vai diferenciar pneus médios e moles Índice
|