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Trunfo carioca, Vila Olímpica já causa confusão
RICARDO WESTIN
DA SUCURSAL DO RIO
Um dos principais trunfos do
Rio de Janeiro em sua postulação para ser a candidata brasileira aos Jogos de 2012 pode se
virar contra a própria cidade.
O aproveitamento das instalações da futura Vila Pan-Americana, na Barra da Tijuca (zona oeste), para a construção de
uma possível Vila Olímpica enfrenta divergências entre a prefeitura e os donos do terreno.
No fim deste ano, começa a
ser construída uma vila para
8.500 atletas para o Pan de
2007. Caso o Rio seja escolhido
para a Olimpíada, a prefeitura
espera utilizar a mesma vila,
com capacidade ampliada para
receber 15 mil atletas.
O problema é o destino desses apartamentos nos cinco
anos entre o Pan e a Olimpíada.
A construtora Agenco é a dona
do terreno na Barra e investirá
US$ 51 milhões na construção
da Vila Pan-Americana.
Em troca, a prefeitura autorizou a Agenco a construir edifícios com gabarito maior que o
permitido na região.
Tanto a construtora como a
prefeitura apontam saídas um
tanto quanto esquisitas para
defender que os apartamentos
poderão ser usados em 2012.
Segundo o secretário municipal de Esporte, Ruy Cezar, os
apartamentos poderão ser vendidos depois do Pan. Um ano
antes da Olimpíada, porém, os
moradores seriam obrigados a
deixar o local e passariam a receber um aluguel da prefeitura
durante as competições.
Já de acordo com o diretor da
Agenco, Sérgio Goldberg, os
apartamentos não poderiam
ser vendidos e ficariam à disposição da prefeitura. "Não podemos tirar os moradores de suas
casas. A prefeitura nos pagaria
um aluguel [durante cinco
anos] para que os apartamentos ficassem vazios", diz.
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