São Paulo, segunda-feira, 15 de maio de 2000


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FUTEBOL
Considerado um "azarão" por Luiz Felipe Scolari, time é o primeiro a se classificar para as semifinais do Paulista
Palmeiras derrota Ponte e assegura vaga

DA REPORTAGEM LOCAL

O Palmeiras venceu a Ponte Preta por 3 a 2, de virada, ontem, em Campinas, e se transformou no primeiro time a garantir uma vaga nas semifinais do Paulista-2000. Os três gols foram marcados pelo atacante Euller, que havia perdido dois pênaltis no jogo contra o Peñarol, pela Libertadores da América, em São Paulo. Com a vitória, o Palmeiras tem dez pontos e está na liderança do Grupo 8. Agora a equipe pode até perder as suas duas últimas partidas na terceira fase, contra Rio Branco e Corinthians, que empataram ontem em 2 a 2. Corinthians, vice-líder com seis pontos, e Ponte Preta, que está em terceiro lugar com três pontos, disputam a outra vaga do grupo. Com dois pontos, o Rio Branco, tem remotas chances. A vitória em Campinas deu a primeira vaga nas semifinais ao time considerado azarão entre os "grandes" de São Paulo, segundo o técnico Luiz Felipe Scolari. Antes do jogo, ele afirmou que seu time não era considerado favorito por ter vendido os principais jogadores antes do campeonato começar. Segundo ele, desde o começo da competição, Corinthians, São Paulo e Santos são apontados como favoritos. A Ponte começou melhor no jogo e não demorou para abrir o placar. Aos 4min, Narcízio ganhou de Argel na corrida, tocou de canela, encobriu o goleiro Marcos e colocou o seu time em vantagem na partida. A equipe de Campinas não diminuiu o ritmo após o gol. Nos primeiros 20 minutos do jogo, os palmeirenses tiveram dificuldade para recuperar a posse de bola e conseguir atacar o adversário. Com rapidez, a Ponte explorou as jogadas pelas laterais e as falhas da defesa rival. As principais jogadas do time do interior no primeiro tempo foram pelo lado esquerdo da defesa palmeirense, onde o lateral Júnior não conseguiu conter os avanços dos adversários. O técnico Luiz Felipe Scolari decidiu mudar a sua equipe com menos de 30 minutos de jogo. Ele tirou Ferrugem, que estava atuando na zaga, e colocou Thiago em seu lugar. Júnior saiu da lateral e passou a jogar no meio. A Ponte não conseguiu manter a mesma velocidade até o final da primeira etapa, e o Palmeiras começou a se organizar em campo. Aos 34min, a equipe de Scolari empatou com a ajuda da defesa da Ponte. Euller cruzou da direita, mas o zagueiro Alex desviou a bola e enganou o goleiro Adriano. A equipe de Campinas não conseguiu reagir após sofrer o gol. Mesmo de forma desorganizada, o Palmeiras foi mais ofensivo até o final do primeiro tempo. A defesa da Ponte Preta não teve dificuldades para destruir as jogadas com chutões para frente. Aos 48min, Euller foi lançado pelo volante Rogério, recebeu livre, na entrada da área, e não teve problemas para colocar o seu time em vantagem no placar. No segundo tempo, a equipe da casa voltou buscando o ataque, mas não conseguiu reagir. Aos 9min, Euller explorou uma falha da defesa rival para fazer o seu terceiro gol na partida. Ele ficou livre na frente do goleiro Adriano e marcou, apesar de ter chutado fraco. Foi o oitavo gol de Euller no campeonato. Ele é o artilheiro do Palmeiras na competição. Os jogadores da Ponte demonstraram desânimo. Ao mesmo tempo, o Palmeiras se preocupou mais em trocar passes e garantir o resultado, sem se arriscar. Com lentidão, a Ponte tentava atacar, mas acabava perdendo a bola para a defesa palmeirense na maioria dos lances. Aos 22min, Fabiano e Thiago se chocaram ao disputar uma bola de cabeça. O jogador da Ponte se machucou e teve uma convulsão. Em seguida, ele foi levado em uma ambulância para um hospital, onde faria exames. "Estava perto do lance e fiquei preocupado com o que vi. O olho dele começou a virar e percebi que era grave", afirmou o palmeirense Galeano. A partida só melhorou no final, quando a Ponte marcou o seu segundo gol, aos 37min. Claudinho cobrou falta em cima de Marcos, mas o goleiro soltou a bola. O atacante Macedo, que entrou no segundo tempo, aproveitou o rebote e diminuiu a desvantagem de seu time. A equipe da casa passou a buscar o empate de forma desordenada e seus atacantes eram parados com faltas. Quando recuperava a bola, o Palmeiras tentava contra-atacar com rapidez, mas a Ponte também usava as faltas para parar as jogadas adversárias. Demonstrando nervosismo, a equipe do interior não soube aproveitar as chances que teve no final para empatar o jogo.

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