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FUTEBOL
Considerado um "azarão" por Luiz Felipe Scolari, time é o primeiro a se classificar para as semifinais do Paulista
Palmeiras derrota Ponte e assegura vaga
DA REPORTAGEM LOCAL
O Palmeiras venceu a Ponte
Preta por 3 a 2, de virada, ontem,
em Campinas, e se transformou
no primeiro time a garantir uma
vaga nas semifinais do Paulista-2000. Os três gols foram marcados pelo atacante Euller, que havia perdido dois pênaltis no jogo
contra o Peñarol, pela Libertadores da América, em São Paulo.
Com a vitória, o Palmeiras tem
dez pontos e está na liderança do
Grupo 8. Agora a equipe pode até
perder as suas duas últimas partidas na terceira fase, contra Rio
Branco e Corinthians, que empataram ontem em 2 a 2.
Corinthians, vice-líder com seis
pontos, e Ponte Preta, que está em
terceiro lugar com três pontos,
disputam a outra vaga do grupo.
Com dois pontos, o Rio Branco,
tem remotas chances.
A vitória em Campinas deu a
primeira vaga nas semifinais ao time considerado azarão entre os
"grandes" de São Paulo, segundo
o técnico Luiz Felipe Scolari.
Antes do jogo, ele afirmou que
seu time não era considerado favorito por ter vendido os principais jogadores antes do campeonato começar. Segundo ele, desde
o começo da competição, Corinthians, São Paulo e Santos são
apontados como favoritos.
A Ponte começou melhor no jogo e não demorou para abrir o
placar. Aos 4min, Narcízio ganhou de Argel na corrida, tocou
de canela, encobriu o goleiro
Marcos e colocou o seu time em
vantagem na partida.
A equipe de Campinas não diminuiu o ritmo após o gol. Nos
primeiros 20 minutos do jogo, os
palmeirenses tiveram dificuldade
para recuperar a posse de bola e
conseguir atacar o adversário.
Com rapidez, a Ponte explorou
as jogadas pelas laterais e as falhas
da defesa rival. As principais jogadas do time do interior no primeiro tempo foram pelo lado esquerdo da defesa palmeirense, onde o
lateral Júnior não conseguiu conter os avanços dos adversários.
O técnico Luiz Felipe Scolari decidiu mudar a sua equipe com
menos de 30 minutos de jogo.
Ele tirou Ferrugem, que estava
atuando na zaga, e colocou Thiago em seu lugar. Júnior saiu da lateral e passou a jogar no meio.
A Ponte não conseguiu manter
a mesma velocidade até o final da
primeira etapa, e o Palmeiras começou a se organizar em campo.
Aos 34min, a equipe de Scolari
empatou com a ajuda da defesa
da Ponte. Euller cruzou da direita,
mas o zagueiro Alex desviou a bola e enganou o goleiro Adriano.
A equipe de Campinas não conseguiu reagir após sofrer o gol.
Mesmo de forma desorganizada,
o Palmeiras foi mais ofensivo até
o final do primeiro tempo. A defesa da Ponte Preta não teve dificuldades para destruir as jogadas
com chutões para frente.
Aos 48min, Euller foi lançado
pelo volante Rogério, recebeu livre, na entrada da área, e não teve
problemas para colocar o seu time em vantagem no placar.
No segundo tempo, a equipe da
casa voltou buscando o ataque,
mas não conseguiu reagir.
Aos 9min, Euller explorou uma
falha da defesa rival para fazer o
seu terceiro gol na partida. Ele ficou livre na frente do goleiro
Adriano e marcou, apesar de ter
chutado fraco.
Foi o oitavo gol de Euller no
campeonato. Ele é o artilheiro do
Palmeiras na competição.
Os jogadores da Ponte demonstraram desânimo. Ao mesmo
tempo, o Palmeiras se preocupou
mais em trocar passes e garantir o
resultado, sem se arriscar.
Com lentidão, a Ponte tentava
atacar, mas acabava perdendo a
bola para a defesa palmeirense na
maioria dos lances.
Aos 22min, Fabiano e Thiago se
chocaram ao disputar uma bola
de cabeça. O jogador da Ponte se
machucou e teve uma convulsão.
Em seguida, ele foi levado em
uma ambulância para um hospital, onde faria exames.
"Estava perto do lance e fiquei
preocupado com o que vi. O olho
dele começou a virar e percebi
que era grave", afirmou o palmeirense Galeano.
A partida só melhorou no final,
quando a Ponte marcou o seu segundo gol, aos 37min.
Claudinho cobrou falta em cima
de Marcos, mas o goleiro soltou a
bola. O atacante Macedo, que entrou no segundo tempo, aproveitou o rebote e diminuiu a desvantagem de seu time.
A equipe da casa passou a buscar o empate de forma desordenada e seus atacantes eram parados com faltas.
Quando recuperava a bola, o
Palmeiras tentava contra-atacar
com rapidez, mas a Ponte também usava as faltas para parar as
jogadas adversárias.
Demonstrando nervosismo, a
equipe do interior não soube
aproveitar as chances que teve no
final para empatar o jogo.
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