DA REPORTAGEM LOCAL

Na hora de fazer substituições na lista de carregadores da tocha olímpica, que terá sua primeira passagem pelo país, o Comitê Olímpico Brasileiro novamente prestigiou o vôlei, esporte que projetou seu presidente.
O COB e a Prefeitura do Rio fizeram quatro substituições na relação anterior de 49 nomes.
Tande, do vôlei de praia, o cavaleiro Rodrigo Pessoa, o iatista Robert Scheidt e o escritor Paulo Coelho não poderão participar.
Para ocupar as lacunas, foram escolhidos o cavaleiro Luiz Felipe Azevedo, bronze em Atlanta-96 e em Sydney-00, e o sargento da PM Sérgio Santos. Além deles, entraram outros dois representantes do vôlei: Renan Dal Zotto, prata em Los Angeles-84, e Fernanda Venturini, bronze em Atlanta-96.
Com essas mudanças, o vôlei tem agora 14 nomes, mais de um quarto da lista (28,6%). Antes, o número representava 24,5%.
Na relação de corredores do revezamento estão representantes da modalidade que atuaram nos anos 60, 70, 80, 90 e atuais.
O COB argumenta que o vôlei mereceu a distinção por ter sido o único esporte coletivo a conquistar o ouro olímpico (Barcelona-92) -mesmo motivo alegado para o convite a Jacqueline e Sandra, do vôlei de praia (Atlanta-96).
O presidente do comitê, Carlos Arthur Nuzman, tem estreita ligação com o vôlei. Foi jogador, nos anos 60, e dirigiu a confederação brasileira da modalidade.
O COB justifica a entrada de Renan e Fernanda pela participação deles em seleções medalhistas em Olimpíadas, mesmo motivo para a escolha de Azevedo. O PM foi indicado pela Prefeitura do Rio.
O iatismo, que perdeu um representante com a saída de Scheidt, terá sete nomes (14,3% do total) no revezamento. O esporte é o que mais obteve pódios olímpicos para o país: 12.
Em sua primeira passagem pela América do Sul, em 13 de junho, a tocha olímpica ainda será carregada por convidados de parceiros do COB -Coca-Cola (42 pessoas) e Samsung (20)- e do Comitê Olímpico Internacional.


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