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FUTEBOL
Um belo jogo no Beira-Rio
JUCA KFOURI
COLUNISTA DA FOLHA
Nada mais frustrante que
um jogo promissor revelar
um futebol pobre e sem emoções.
Já imaginou se, por exemplo, o
jogão desta quarta-feira, em Paris, Barcelona x Arsenal, decisão
da Copa dos Campeões da Europa, for uma decepção?
Pois é. Guardadas todas as devidas proporções, o jogo de ontem, no Beira-Rio, cumpriu com o
que prometia do começo ao fim.
Disputado palmo a palmo desde o primeiro minuto, a partida
ia equilibrada até que, aos 13min,
Jorge Wagner fez mais um daqueles seus cruzamentos preciosos e
botou a bola na cabeça de Índio,
que pôs o Inter em vantagem.
O São Paulo tinha maior controle do jogo, mas quem criava
mais possibilidades de gol era o
Inter, como numa bola bem enfiada por Rentería que Rafael Sobis quase aproveitou.
No jogo que, otimisticamente
falando, pode vir a ser a decisão
da Libertadores deste ano, a marcação prevalecia sobre a criação,
mas nem por isso a disputa era
monótona ou sem vibração.
Ao contrário. Nem bem começou o segundo tempo, e com o Inter ameaçando tomar conta, logo
aos 2 minutos, foi a vez de Souza
cruzar com perfeição para Aloísio
empatar de cabeça.
Mas Índio queria gol e Jorge
Wagner o atendeu, na cobrança
de escanteio, aos 8, para o zagueiro fazer mais um.
Em seguida, o bandeirinha queria apito e errou o árbitro ao não
atendê-lo e ao validar o gol de Sobis, o terceiro para matar o jogo.
Os gaúchos mereceram vencer e
têm dado sorte com as arbitragens, ao contrário de 2005 .
Já está nas livrarias européias o
livro "Foul!" (Falta!, ou Vergonhoso!, ou Abominável!, em inglês), do jornalista britânico Andrew Jennings, sobre os bastidores
da misteriosa e poderosa Fifa.
A edição francesa, da Presses de
la Cité, sob o título "Carton Rouge" (Cartão Vermelho), tem 462
explosivas páginas sobre os bastidores das eleições da Fifa - dos
contratos, da venda de ingressos e
da compra de votos na entidade.
Foram quatro anos de investigação do mesmo jornalista que ficou célebre por escrever, 14 anos
atrás, "Os Senhores dos Anéis"
(lançado no Brasil pela Editora
Best Seller), sobre os podres do
Comitê Olímpico Internacional,
então presidido pelo franquista
Juan Samaranch.
Foi ele, também, que revelou as
tramóias para levar os Jogos
Olímpicos de Inverno para a cidade norte-americana de Salt Lake
City.
João Havelange, Ricardo Teixeira e até Zagallo (pelo episódio
dos US$ 500 mil dólares pagos pelos líbios para "entrevistá-lo", segundo ele mesmo) são personagens do livro, assim como Pelé,
por causa da entrevista dada à
edição brasileira da revista Playboy, em 1993, na qual denunciou
corrupção na CBF. Como se conta, ainda, a frustrada tentativa de
se lançar uma loteria mundial, a
"FIFA Club", com a participação
do já falecido empresário brasileiro Matias Machline.
Enquanto isso, na Itália...
Lista de Parreira
Na Bolsa de Valores há os investidores arrojados e os conservadores. Em torno das apostas sobre a lista de convocados,
que sairá logo mais no Rio, vê-se o mesmo. Minha aposta é
conservadora: Dida, Marcos
(Rogério) e Júlio César; Cafu,
Cicinho, Roberto Carlos, Gilberto (Serginho ou Júnior); Lúcio, Juan, Roque Júnior (Cris),
Luisão; Emerson, Zé Roberto,
Gilberto Silva (Júlio Baptista),
Edmílson, Juninho, Ronaldinho, Kaká e Ricardinho; Ronaldo, Adriano, Robinho e Fred.
Sorte de campeão
Com dois gols contra, e mesmo
com uma apresentação deficiente de seu desfalcado setor
defensivo, o Santos bateu a
Ponte Preta no sábado e mostrou que está com tudo nesta
arrancada do Brasileirão.
blogdojuca@uol.com.br
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