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São Paulo, domingo, 15 de junho de 2003

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FUTEBOL

Como na última vez em que se encontraram, na decisão do Paulista, Corinthians e São Paulo têm rendimentos iguais

Só defesas de rivais destoam no Morumbi

MARÍLIA RUIZ
RICARDO PERRONE
DA REPORTAGEM LOCAL

Eles vencem, empatam, perdem e marcam gols com a mesma frequência. Só na defesa não são iguais. Corinthians e São Paulo seguem com desempenhos semelhantes, como aconteceu no último encontro dos rivais, na final do Paulista, há quase três meses.
Os dois se reencontram hoje no Morumbi, às 16h, com times diferentes, principalmente por causa de desfalques. Se houver um vencedor, ele abre distância do rival na classificação do Brasileiro.
Ambos têm o mesmo número de pontos (19), vitórias (5), empates (4), derrotas (3) e gols marcados (26) na competição.
Mas a defesa são-paulina destoa da corintiana. Os comandados de Roberto Rojas já sofreram 24 gols neste Nacional, contra 15 tomados pelo time de Geninho.
Na final do Estadual, as duas campanhas também eram equilibradas. Os dois chegaram à decisão empatados em número de pontos. O clube do Morumbi levava vantagem no saldo de gols, por ter ataque e defesas mais eficientes do que o rival.
O polêmico regulamento, porém, previa que o time do Parque São Jorge teria a vantagem de jogar por dois empates graças ao número menor de cartões vermelhos e amarelos recebidos. Acabou sendo rasgado pela FPF, que decidiu favorecer o São Paulo.
Apesar de seu time agora ter um desempenho defensivo bem melhor do que o do rival, Geninho ainda suspira pelo futebol apresentado pela equipe na decisão paulista. Os corintianos não precisaram da vantagem, que foi assegurada pelo STJD, e ganharam os dois jogos pelo placar de 3 a 2.
"Aquela equipe sabia alternar de maneira mais equilibrada as jogadas rápidas e as trocas de passes. Estamos começando a voltar a fazer isso", disse o treinador.
Entre as mudanças por que os dois times passaram desde a final, no lado corintiano a mais marcante foi a perda de Vampeta, que se machucou no primeiro jogo do Brasileiro, operou o joelho esquerdo e não deve voltar a jogar antes do final do ano.
Para os jogadores e a comissão técnica do Corinthians, a saída do volante fez com que o time não conseguisse mais trocar passes com tanta eficiência, o que teria colaborado para a eliminação na Taça Libertadores da América.
Porém, nas últimas rodadas do Brasileiro, a equipe acertou mais as trocas de bola e ajudou a defesa a ser menos ameaçada. Resultado: nas três partidas anteriores o clube sofreu só um gol, na derrota para o São Caetano, no domingo passado, no ABC paulista.
Do lado são-paulino, a saída mais marcante foi a do técnico Oswaldo de Oliveira. Com a sua demissão, perderam crédito Gabriel, Régis e até Reinaldo, que já recuperou sua vaga no ataque.
Preocupado com a defesa, calcanhar-de-aquiles do time do Morumbi, o técnico Rojas passou a adotar três volantes e já mudou a formação da zaga três vezes. Já jogaram Jean e Gustavo Nery, Lugano e Gustavo Nery e, hoje, o setor terá a "estréia" de Júlio Santos, que esteve em campo no jogo decisivo com o Corinthians no Estadual. Ele estará ao lado de Jean (que se recuperou de torção no tornozelo).
"Posso dizer que [a final do Paulista] foi um bom jogo, apesar do resultado. Gol toda defesa leva. Se nos concentrarmos, poderemos ser mais eficientes", disse Júlio Santos, que pretende continuar entre os titulares após o clássico: "Todos falavam que eu seria o futuro do São Paulo quando comecei nos juniores. Ainda serei."


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