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São Paulo, domingo, 15 de junho de 2003

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FUTEBOL

Time tem na Copa das Confederações 1ª fase mais dura sob ranking Fifa

Na França, Brasil vê rivais mais fortes do que nunca

PAULO COBOS
ENVIADO ESPECIAL A PARIS

Não bastasse o time estar desfalcado de um punhado de estrelas, a seleção brasileira vai enfrentar na Copa das Confederações, que começa na próxima quarta-feira, na França, a mais dura primeira fase em uma competição mundial sob a era do ranking da Fifa, que começou em 1993.
Nos três Mundiais e nas três Copas das Confederações que disputou no período, o Brasil, atual líder da classificação feita pela entidade, nunca teve adversários tão bem ranqueados como agora.
A Turquia é hoje a oitava colocada na lista da Fifa, que é criticada por muitos pelos critérios pouco claros, mas que é o único ranking de fôlego da bola no plano de seleções. Os EUA vêm bem perto, no décimo posto. Camarões, rival do time de Carlos Alberto Parreira na estréia, é o 18º. Com isso, a posição média dos três rivais iniciais em campos franceses é a 12º.
"Nosso grupo é muito equilibrado. Camarões é uma equipe de ponta do futebol africano. A equipe americana é experiente e fez uma excelente Copa, e a Turquia, terceira colocada no Mundial, vai muito bem nas eliminatórias da Eurocopa. Todos ainda levam vantagem por já terem equipes formadas, ao contrário da gente", diz Parreira, que disputa, pelo time do Brasil, a Copa das Confederações pela primeira vez.
Desde que o ranking foi criado, o mais próximo que os brasileiros passaram da situação atual em uma competição profissional da Fifa aconteceu na Copa dos EUA, em 94. Na ocasião, o ranking médio de Rússia, Camarões e Suécia não passava do 18º posto.
Em 2003, o time nacional irá enfrentar pela primeira vez duas equipes que estão entre os top ten da bola no planeta. Situação bem diferente de outras ocasiões, quando a maioria dos adversários era medíocre. Isso ocorreu, por exemplo, na última Copa das Confederações.
Na edição disputada em 2001, na Coréia do Sul e no Japão, o Brasil, então comandado pelo técnico Emerson Leão, jogou contra Canadá (então no 71º da lista), Japão (44º) e Camarões (37º).
O nível dos rivais de agora, entretanto, não assusta os jogadores mais experientes. "Todos merecem o mesmo respeito. Mas a gente está preparado para jogar bem, independentemente do adversário", afirma Ronaldinho.
Parreira aponta o caminho para a superação de adversários com boa projeção no cenário da bola atualmente. "A grande virtude desse grupo é qualidade. Mas só isso não basta. O time precisa de organização tática e vontade de ganhar", explica o treinador.
Se o Brasil vai encarar uma pedreira logo no início da Copa das Confederações, a França vai viver situação mais cômoda. Os donos da casa, que defendem o troféu de 2001, irão enfrentar Japão (hoje, 23º no ranking Fifa), Colômbia (39º) e Nova Zelândia (51º).


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