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Prancheta do PVC
PAULO VINICIUS COELHO - pvc@uol.com.br
Cuidado com os volantes
TÉCNICO do Goiás,
Hélio dos Anjos, lamentava na sexta-feira ter um time que ainda não
se acertou, pela ausência de
um meia de criação: "No ano
passado, eu tinha dois meias e
um atacante só. A equipe funcionava. Desta vez, tenho dois
atacantes e um meia. Ainda
não deu certo".
A questão não era a presença de um outro atacante, mas
a ausência de um meia. Sem
esse 10 para marcar, Cristian
fez outro bom jogo, no Serra
Dourada, com espaço até para
ajudar os zagueiros. Tentou
aliviar a pressão, enquanto
Elias saía pouco para o jogo. O
Corinthians foi sonolento,
pensou mais na final da Copa
do Brasil e mesmo assim o
meia Felipe Menezes sumiu.
O clássico contra o Inter é
diferente. O time de Tite tem
o melhor ataque do Brasil,
com um meio de campo marcador e criativo ao mesmo
tempo. O duelo de Cristian será com D'Alessandro, recuperando-se de lesão, ou Andrezinho. Mas o problema corintiano será marcar os dois volantes, que saem pelos lados e
criam tanto quanto o argentino. Elias duela com Guiñazú,
Magrão duela com... ninguém.
Será assim se Douglas der o
espaço, que deu também a Fábio Bahia e Amaral, em Goiânia, para o volante sair para o
jogo. Nas fases anteriores da
Copa do Brasil, Mano Menezes escalou Jorge Henrique à
direita ou à esquerda, de acordo com o lateral que tinha que
marcar. Contra Raul, do Atlético-PR, jogou pela esquerda.
Houve momentos em que inverteu o lado para cobrir o
avanço do lateral oposto.
Mas o Inter não tem lateral
que suba, à direita. Danilo Silva, provável substituto de Bolívar, é tão lateral-direito
quanto o corintiano Diego é
lateral-esquerdo. O mais certo é colar Dentinho no seu setor, se Jorge Henrique puder
jogar e marcar Marcelo Cordeiro. Ainda falta alguém para
marcar Magrão.
O que pode significar a escalação de Boquita pelo lado
esquerdo do campo, se Jorge
Henrique não estiver fisicamente pronto para a partida.
Isso não exclui que Douglas
precise dar o primeiro combate. Também não esconde que
Douglas precisará de movimentação intensa, como contra o Coritiba, sua melhor partida no ano. Só assim vencerá
o duelo com o bom volante
Sandro. Só assim o Corinthians fará bom jogo na ida.
MUDANÇAS DEMAIS
Não é só Luxemburgo que
muda de sistema tático a cada jogo. No São Paulo, isso
funcionava. Hoje, não. Hernanes jogou mais à esquerda,
contra o Santo André, num
3-4-1-2. Contra o Cruzeiro,
no Brasileirão, foram dois
meias, dois volantes, dois zagueiros e dois atacantes. Parece melhor para quinta.
O BOM GALO
O Atlético-MG faz seu melhor início de um Brasileirão
desde 2003, quando tinha
Celso Roth (técnico) e Alexandre Kalil (diretor). O casamento dá resultado de novo, mas ainda falta acertar o
meio-campo. Um homem
que faça a ligação com Éder
Luís e Diego Tardelli ainda
fará a equipe mais forte.
O MELHOR PALMEIRAS
O técnico Vanderlei Luxemburgo preferiu mudar taticamente o Palmeiras mais uma vez ontem, contra o Cruzeiro. Mas o
ponto positivo foi recuperar o jeito de jogar do início do ano, o
3-4-3 com Willams por um lado e Diego Souza por outro. Com o
trio ofensivo fechado com Keirrison, o time recuperou a velocidade do início da temporada e aproveitou a presença de Sorín
no lado esquerdo cruzeirense. Agora, o Palmeiras se aproxima
dos líderes. E pensa no Nacional, pela Libertadores.
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