São Paulo, segunda-feira, 15 de junho de 2009

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"Baixinhos" ditam ritmo do Brasil

Seleção que festeja crescimento vence a Polônia com boa atuação de atacantes com menos de 1,95 m

Thiago Alves e Murilo foram os principais pontuadores do jogo pela Liga Mundial de vôlei; equipe também teve boa atuação no bloqueio

MARIANA LAJOLO
DA REPORTAGEM LOCAL

Thiago Alves, 1,94 m, Murilo, 1,90 m. Em um time que já se gaba de ter gigantes de até 2,12 m, os dois podem muito bem ser chamados de baixinhos.
Mas foram justamente eles, os mais baixos atacantes em quadra ontem, que ditaram o ritmo do ataque brasileiro na segunda vitória sobre a Polônia pela Liga Mundial de vôlei.
No Ibirapuera, em São Paulo, o time de Bernardinho marcou 3 a 0 (25/20, 25/20 e 25/15), em uma hora e dez minutos.
Thiago Alves, 22, em sua estreia com a camisa verde-amarela, anotou 14 pontos e foi o maior pontuador do jogo. Murilo, 28, fez 11 e se recuperou da má atuação no primeiro duelo.
"O Thiago Alves fez uma partida excepcional no ataque. Ele dá mais versatilidade no fundo da quadra, joga nessa posição há mais tempo. Não é alto, mas tem ótima capacidade de salto e de gestão da bola", elogiou o técnico Bernardinho.
Murilo, que anteontem havia ficado chateado com sua atuação na estreia, deixou a quadra mais satisfeito. Além de atacar, bloquear -fez quatro pontos- e sacar com eficiência, o ponta jogou bem na defesa e recuperou bolas importantes para a armação de contra-ataques.
"Ele fez uma partida mais fluida e foi bastante regular", disse Bernardinho, que colocou Murilo como capitão na ausência de Giba, outro "baixinho" da equipe brasileira -1,92 m.
Se o ataque foi eficiente graças à habilidade dos atacantes, o bloqueio brasileiro soube se aproveitar da altura dos atletas.
O Brasil anotou dez pontos no fundamento -quatro de Lucas e quatro de Murilo. Os bloqueadores também conseguiram amortecer muitas bolas, facilitando a ação da defesa.
Bernardinho tem como meta que a equipe acerte, em média, seis bloqueios por set. As ações têm de resultar em ponto ou em armação de contra-ataque. Contra a Polônia, os brasileiros tiveram 31 bloqueios certos, mais de 10 por set. "Esse grupo tem potencial para isso, é uma meta que temos de perseguir", afirmou o treinador nacional.
Outro objetivo por pouco não foi cumprido. O técnico quer que o time erre apenas cinco vezes por set. Ontem, os brasileiros cometeram 16 erros.
A seleção volta a jogar pela Liga na sexta e no sábado, contra a Finlândia, em Brasília.


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