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"Baixinhos" ditam ritmo do Brasil
Seleção que festeja crescimento vence a Polônia com boa atuação de atacantes com menos de 1,95 m
Thiago Alves e Murilo foram os principais pontuadores do jogo pela Liga Mundial de vôlei; equipe também teve boa atuação no bloqueio
MARIANA LAJOLO
DA REPORTAGEM LOCAL
Thiago Alves, 1,94 m, Murilo,
1,90 m. Em um time que já se
gaba de ter gigantes de até 2,12
m, os dois podem muito bem
ser chamados de baixinhos.
Mas foram justamente eles,
os mais baixos atacantes em
quadra ontem, que ditaram o
ritmo do ataque brasileiro na
segunda vitória sobre a Polônia
pela Liga Mundial de vôlei.
No Ibirapuera, em São Paulo,
o time de Bernardinho marcou
3 a 0 (25/20, 25/20 e 25/15), em
uma hora e dez minutos.
Thiago Alves, 22, em sua estreia com a camisa verde-amarela, anotou 14 pontos e foi o
maior pontuador do jogo. Murilo, 28, fez 11 e se recuperou da
má atuação no primeiro duelo.
"O Thiago Alves fez uma partida excepcional no ataque. Ele
dá mais versatilidade no fundo
da quadra, joga nessa posição
há mais tempo. Não é alto, mas
tem ótima capacidade de salto e
de gestão da bola", elogiou o
técnico Bernardinho.
Murilo, que anteontem havia
ficado chateado com sua atuação na estreia, deixou a quadra
mais satisfeito. Além de atacar,
bloquear -fez quatro pontos-
e sacar com eficiência, o ponta
jogou bem na defesa e recuperou bolas importantes para a
armação de contra-ataques.
"Ele fez uma partida mais
fluida e foi bastante regular",
disse Bernardinho, que colocou
Murilo como capitão na ausência de Giba, outro "baixinho" da
equipe brasileira -1,92 m.
Se o ataque foi eficiente graças à habilidade dos atacantes,
o bloqueio brasileiro soube se
aproveitar da altura dos atletas.
O Brasil anotou dez pontos
no fundamento -quatro de Lucas e quatro de Murilo. Os bloqueadores também conseguiram amortecer muitas bolas,
facilitando a ação da defesa.
Bernardinho tem como meta
que a equipe acerte, em média,
seis bloqueios por set. As ações
têm de resultar em ponto ou
em armação de contra-ataque.
Contra a Polônia, os brasileiros
tiveram 31 bloqueios certos,
mais de 10 por set. "Esse grupo
tem potencial para isso, é uma
meta que temos de perseguir",
afirmou o treinador nacional.
Outro objetivo por pouco não
foi cumprido. O técnico quer
que o time erre apenas cinco
vezes por set. Ontem, os brasileiros cometeram 16 erros.
A seleção volta a jogar pela
Liga na sexta e no sábado, contra a Finlândia, em Brasília.
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