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FUTEBOL
Sem bônus, time sub-17 encara luta contra jejum
País, que não vence desde 1987, não
terá prêmio da CBF caso seja campeão
Seleção, que tem em Lulinha
sua principal estrela, pega
hoje equipe de Honduras,
que revela estar mais focada
no Mundial da categoria
SÉRGIO RANGEL
DA SUCURSAL DO RIO
Sem ganhar premiação da
CBF em caso da conquista da
medalha de ouro, os jogadores
da seleção sub-17 vão começar
hoje à tarde a campanha para
tentar quebrar o jejum de 20
anos sem títulos em Pans. A
partir das 15h30, o time nacional enfrentará a seleção de
Honduras, no Engenhão.
Antes do início do torneio, a
entidade já anunciou aos atletas que não pagará prêmio nos
Jogos, segundo o chefe da delegação, Antônio Carlos Nunes
de Lima, presidente da Federação Paraense de Futebol.
""Isto já está certo. A CBF não
fala em dinheiro aqui [no
Pan]", disse Lima, que também
comandou a deleção em Santo
Domingo, em 2003. Na ocasião,
o time ficou com a prata ao ser
vencido pela Argentina na final.
A última vez que a seleção
venceu o torneio foi no Pan-Americano de Indianápolis, em
1987. Nesse período, o time ficou de fora de duas das cinco
edições já realizadas.
Favorito
Atuando no país, o Brasil é
um dos favoritos em razão do
esvaziamento da competição.
Oficialmente, o torneio de
futebol masculino teria que ser
disputado por jogadores de até
20 anos, com a possibilidade de
inclusão de três acima da idade,
mas a maioria jogará com a
equipe sub-17.
Como se não bastasse a queda no nível técnico, as principais forças desprezam a competição. A Argentina mandou o
time reserva da categoria. Já os
adversários de hoje, os hondurenhos, não escondem o desconforto pela passagem no Pan
e dizem que o objetivo é o Mundial da categoria, que será disputado no próximo mês, na Coréia do Sul -o primeiro da história do país na sub-17.
Por divergência entre dirigentes do continente com os
organizadores dos Jogos, os
principais países decidiram enviar os times sub-17 ao Brasil e
não jogadores mais experientes. Atualmente, os profissionais participam da Copa América, que será encerrada hoje, e
do Mundial sub-20, que está
ocorrendo no Canadá.
Esvaziado
O esvaziamento da competição poderá ser sentido hoje no
estádio, que não deverá receber
um bom público.
Apesar de jogar no Rio, o técnico da seleção, Lucho Nizzo,
tenta amenizar a pressão da
torcida no grupo. Ele garante
que não vai cobrar a conquista
da medalha de ouro.
""São garotos que não estão
acostumados com tanto assédio. É uma responsabilidade
acima do normal, mas tenho
certeza de que irão se sair muito bem na competição", disse o
treinador, que comandará a
mesma equipe no Mundial da
categoria na Coréia do Sul.
O meia-atacante Lulinha, do
Corinthians, é o principal jogador da equipe. ""A ansiedade é
grande. Sei que todo mundo está esperando grandes atuações
minhas, mas eu estou tranqüilo", afirmou o jogador, que já
integra o elenco profissional do
clube paulista.
Além de Honduras, a seleção
brasileira ainda enfrentará na
primeira fase Costa Rica e
Equador. O torneio masculino
de futebol do Pan terá 12 times,
divididos em três grupos. O primeiro colocado de cada uma
das chaves e o melhor segundo
colocado se classificam para a
semifinal do campeonato.
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