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"Leal", Chulapa volta à cena no Santos
Com a demissão de Vagner Mancini, auxiliar comanda equipe, que, em crise, enfrenta hoje o Barueri na Vila Belmiro
Visto como apaziguador,
maior artilheiro do Santos
após a era Pelé dirigirá time
até que diretoria alvinegra
anuncie o novo treinador
RICARDO VIEL
ENVIADO ESPECIAL A SANTOS
Serginho Chulapa volta a
cumprir o papel de "bombeiro"
no Santos. Hoje, contra o Barueri, o auxiliar técnico comandará o time na Vila Belmiro.
O ex-atacante santista já dirigiu a equipe alvinegra 66 vezes
-como treinador interino ou
como efetivo. Venceu 33 partidas, empatou 18 e perdeu 15.
Mais uma vez, pega o time
em uma situação delicada, após
a goleada de 6 a 2 contra o Vitória e a consequente queda do
técnico Vagner Mancini.
"O mais importante é que,
nas horas difíceis, estou à disposição. Sempre que peguei o
time numa situação dessas [como interino], venci. Não estou
preocupado com quem vem e
se vou ficar ou não", declarou.
Explosivo na época em que
era jogador, Chulapa hoje é visto no clube como um apaziguador. Tem boa relação com os jogadores e é respeitado pela torcida e pela diretoria santista.
Esta é sua quarta passagem
na Vila Belmiro. Em agosto de
2008, foi contratado como auxiliar técnico. Mas com a função de, principalmente, "apagar incêndios". Na época, o clube ia mal no Nacional e sofria
tanto com protestos da torcida
como com a desconfiança sobre
o treinador Márcio Fernandes.
Em fevereiro, Chulapa também dirigiu o time, entre a queda de Fernandes e a chegada de
Mancini, na vitória por 3 a 1 sobre o Guarani, pelo Paulista.
Agora, o ex-atacante assume
o clube, novamente de forma
interina, até a contratação do
novo treinador. Sua efetivação
não é cogitada pela cúpula santista, que espera anunciar o novo técnico ainda nesta semana.
Com a chegada de Mancini,
Chulapa -que, como Edinho, é
membro fixo da comissão técnica- passou a ter menos poder no clube. O ex-treinador
santista tinha sua comissão e
seus homens de confiança.
Com a saída do técnico, o interino volta a ter papel importante. Anteontem, começou a
exercer o papel de "bombeiro".
Não havia viajado a Salvador,
mas foi ao CT recepcionar o
elenco quando soube que haveria protesto de torcedores.
"Sou um cara leal com as pessoas que convivo. Nos seis anos
de Santos, aprendi a gostar de
todos, ter respeito pela torcida.
Eu queria ter ido para Cumbica
[onde o time desembarcou].
Mas, como não dava tempo,
vim para o CT. Tomei ovada,
mas tudo bem", declarou.
Em relação ao jogo de hoje, o
interino afirmou que não fará
muitas alterações na equipe.
"A base é a que vinha jogando. É um jogo em que a comissão e os jogadores têm que dar
uma resposta à torcida", disse.
Até a escolha do novo comandante alvinegro, o maior
artilheiro do Santos após a era
Pelé será o treinador. Depois,
retornará a seu posto de auxiliar e, quando preciso, "bombeiro". E não pretende sair tão
cedo do clube onde foi ídolo.
"Só com o Leão [com quem
tem uma desavença desde a
época em que eram jogadores]
eu não fico. Com o resto, fico",
respondeu Chulapa, quando
questionado se permaneceria
no Santos independentemente
do nome do novo treinador.
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