São Paulo, quarta-feira, 15 de julho de 2009

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"Leal", Chulapa volta à cena no Santos

Com a demissão de Vagner Mancini, auxiliar comanda equipe, que, em crise, enfrenta hoje o Barueri na Vila Belmiro

Visto como apaziguador, maior artilheiro do Santos após a era Pelé dirigirá time até que diretoria alvinegra anuncie o novo treinador

RICARDO VIEL
ENVIADO ESPECIAL A SANTOS

Serginho Chulapa volta a cumprir o papel de "bombeiro" no Santos. Hoje, contra o Barueri, o auxiliar técnico comandará o time na Vila Belmiro.
O ex-atacante santista já dirigiu a equipe alvinegra 66 vezes -como treinador interino ou como efetivo. Venceu 33 partidas, empatou 18 e perdeu 15.
Mais uma vez, pega o time em uma situação delicada, após a goleada de 6 a 2 contra o Vitória e a consequente queda do técnico Vagner Mancini.
"O mais importante é que, nas horas difíceis, estou à disposição. Sempre que peguei o time numa situação dessas [como interino], venci. Não estou preocupado com quem vem e se vou ficar ou não", declarou.
Explosivo na época em que era jogador, Chulapa hoje é visto no clube como um apaziguador. Tem boa relação com os jogadores e é respeitado pela torcida e pela diretoria santista.
Esta é sua quarta passagem na Vila Belmiro. Em agosto de 2008, foi contratado como auxiliar técnico. Mas com a função de, principalmente, "apagar incêndios". Na época, o clube ia mal no Nacional e sofria tanto com protestos da torcida como com a desconfiança sobre o treinador Márcio Fernandes.
Em fevereiro, Chulapa também dirigiu o time, entre a queda de Fernandes e a chegada de Mancini, na vitória por 3 a 1 sobre o Guarani, pelo Paulista.
Agora, o ex-atacante assume o clube, novamente de forma interina, até a contratação do novo treinador. Sua efetivação não é cogitada pela cúpula santista, que espera anunciar o novo técnico ainda nesta semana.
Com a chegada de Mancini, Chulapa -que, como Edinho, é membro fixo da comissão técnica- passou a ter menos poder no clube. O ex-treinador santista tinha sua comissão e seus homens de confiança.
Com a saída do técnico, o interino volta a ter papel importante. Anteontem, começou a exercer o papel de "bombeiro". Não havia viajado a Salvador, mas foi ao CT recepcionar o elenco quando soube que haveria protesto de torcedores.
"Sou um cara leal com as pessoas que convivo. Nos seis anos de Santos, aprendi a gostar de todos, ter respeito pela torcida. Eu queria ter ido para Cumbica [onde o time desembarcou]. Mas, como não dava tempo, vim para o CT. Tomei ovada, mas tudo bem", declarou.
Em relação ao jogo de hoje, o interino afirmou que não fará muitas alterações na equipe.
"A base é a que vinha jogando. É um jogo em que a comissão e os jogadores têm que dar uma resposta à torcida", disse.
Até a escolha do novo comandante alvinegro, o maior artilheiro do Santos após a era Pelé será o treinador. Depois, retornará a seu posto de auxiliar e, quando preciso, "bombeiro". E não pretende sair tão cedo do clube onde foi ídolo.
"Só com o Leão [com quem tem uma desavença desde a época em que eram jogadores] eu não fico. Com o resto, fico", respondeu Chulapa, quando questionado se permaneceria no Santos independentemente do nome do novo treinador.


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