São Paulo, sexta-feira, 15 de julho de 2011
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Em alta Caso seja vendido para o futebol europeu, Neymar representará lucro de até 300% para grupo que investiu no atacante do Santos e da seleção em 2009
LEONARDO LOURENÇO DE SÃO PAULO Não há, no país, um investimento mais rentável do que o atacante Neymar, 19. Se sua venda para a Europa se concretizar, quem acreditou no santista lucrará até 300% com a transação, índice muito superior ao de outras aplicações do mercado. A multa para quebrar o contrato de Neymar com o Santos é de 45 milhões (R$ 100 milhões). A diretoria se recusa a negociar esse valor, mas há clubes que já se dispuseram a bancar a cláusula. O mais próximo da compra é o Real Madrid, com quem há um acerto salarial. Mas o Barcelona também o assedia. O DIS, fundo de investimentos esportivos do Grupo Sonda, vai lucrar R$ 30 milhões assim que Neymar deixar o Santos, seja agora, como quer o Real Madrid, ou após a Olimpíada de Londres-2012, como aceita o Barcelona. Isso, na melhor das hipóteses, em só dois anos. Em 2009, o fundo de Delcir Sonda comprou, por R$ 7,5 milhões, 40% dos direitos que pertenciam à família de Neymar. Calcula ter gastado mais R$ 2,5 milhões com outros custos e correções. Apesar disso, o DIS atua apenas como espectador na transação, sem se envolver nas negociações. O retorno, praticamente certo, é maior do que o de outros investimentos. O ouro, uma das mais rentáveis aplicações do ano passado, valorizou cerca de 23% de março de 2010 até junho deste ano. A poupança, mais tradicional, rendeu cerca de 9% no mesmo período. O último levantamento de preço de imóveis em períodos de 15 meses (que diminui sazonalidade) mostrou a maior valorização em 67%, na região metropolitana de São Paulo, segundo a Embraesp (Empresa Brasileira de Estudos do Patrimônio). Esse índice de valorização é semelhante ao lucro que a Teisa, empresa formada por conselheiros e executivos ligados ao Grupo Guia, que auxilia o presidente Luis Alvaro de Oliveira Ribeiro a dirigir o Santos, terá com Neymar. Mas em um período que pode ser de apenas nove meses, se o atleta for para o exterior após a Copa América. Em dezembro, a Teisa pagou R$ 3.549.900 por 5% dos direitos do atacante. Por essa mesma fatia, terá direito a R$ 5 milhões, um lucro de R$ 1.450.100. Na época, o negócio gerou mal-estar no Santos. O valor que a Teisa pagou se referia a 5% de 30 milhões, apesar de a multa rescisória, naquele dia, ser de 35 milhões. O clube disse que o preço foi calculado em uma avaliação com três agentes Fifa. O problema é que, no dia seguinte à venda, a multa rescisória aumentou para os atuais 45 milhões. Segundo o Santos, a Teisa tem que reinvestir na equipe 75% de seus ganhos reais. A empresa ainda detém porcentagens do meia Elano e do volante Arouca. Colaborou GABRIEL BALDOCCHI, colaboração para a Folha Texto Anterior: Painel FC Próximo Texto: Clube investe em seu astro há sete anos Índice | Comunicar Erros |
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