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TÊNIS
Brasileiro é quem mais somou pontos nas principais competições do ano
Kuerten é o nº 1 também nos grandes torneios
DA REPORTAGEM LOCAL
Gustavo Kuerten pode não ter
afastado o perigo de ser atropelado por Pete Sampras na reta final,
mas, ao chegar às semifinais de
Cincinnati, ratificou mais uma
vez que o acaso não fez dele o líder
da Corrida dos Campeões, o novo
ranking mundial do tênis.
Dos dez primeiros colocados, o
brasileiro aparece como aquele
que mais pontos somou nos 13
grandes (os quatro Grand Slams e
os nove Masters Series).
De seus atuais 572 pontos, obteve não mais que 56 (9,7%) longe
desse circuito. Foram realizados
até agora dez dos grandes torneios. Pela ordem, restam o Aberto dos EUA e os Masters Series de
Stuttgart (Alemanha) e Paris.
Em somente dois, não avançou
além da primeira rodada - no
Aberto da Austrália, em janeiro, e
em Montecarlo, em abril.
É o único da elite a ter disputado
quatro das grandes finais no ano
-perdeu as de Miami e Roma. E
conquistou os títulos de Hamburgo e de Roland Garros.
Concorrente mais próximo, o
sueco Magnus Norman acumula
hoje 533 pontos. Amealhou 124
deles (23,2%) fora dos Grand
Slams e dos Masters Series -justamente onde a disputa é mais
acirrada, já que o regulamento da
ATP obriga a participação dos
mais bem ranqueados, sob a pena
de ""zerar" um dos resultados válidos pela Corrida dos Campeões.
Nos últimos três torneios principais (Wimbledon, Toronto e Cincinnati), a performance de Norman despencou: não passou da
segunda rodada em nenhum.
Alheio, Kuerten parece disposto
a contrariar seu próprio retrospecto. Ao ser eliminado na segunda partida em Toronto, viu reaparecer a sombra de Pete Sampras.
Terceiro colocado no ranking,
com 497 pontos (somente 34, ou
6,8%, alcançados em torneios
menores), o norte-americano tem
historicamente retrospecto superior ao do brasileiro nos eventos
que restam no ano. A ameaça, por
ora, não está se confirmando.
Em Toronto, Sampras caiu nas
quartas-de-final (acumulou 25
pontos contra 7 de Kuerten). Em
Cincinnati, recebeu o troco: semifinalista pela primeira vez (em
1997 e 1999, caíra nas quartas-de-final), o brasileiro somou 45 pontos. Sampras, não mais que 15.
Até o Aberto dos EUA, a partir
do dia 28, não corre o risco de sair
do topo da Corrida, que considera
os resultados da atual temporada.
Os pontos contabilizados deixam Kuerten virtualmente classificado para disputar sua segunda
Copa Masters. O torneio, em novembro, em Lisboa, reunirá os oito melhores de 2000.
A campanha na semana passada permitiu a Kuerten subir do
quarto para o segundo posto no
ranking de entradas -que contabiliza o desempenho nas 52 semanas anteriores à sua publicação-
, desbancando Norman e o norte-americano. É a melhor posição já
alcançada por um brasileiro.
Ele acumula o total de 3.285
pontos contra 3.855 do primeiro
colocado, Andre Agassi.
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