São Paulo, terça-feira, 15 de agosto de 2000


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TÊNIS
Brasileiro é quem mais somou pontos nas principais competições do ano
Kuerten é o nº 1 também nos grandes torneios

DA REPORTAGEM LOCAL

Gustavo Kuerten pode não ter afastado o perigo de ser atropelado por Pete Sampras na reta final, mas, ao chegar às semifinais de Cincinnati, ratificou mais uma vez que o acaso não fez dele o líder da Corrida dos Campeões, o novo ranking mundial do tênis.
Dos dez primeiros colocados, o brasileiro aparece como aquele que mais pontos somou nos 13 grandes (os quatro Grand Slams e os nove Masters Series).
De seus atuais 572 pontos, obteve não mais que 56 (9,7%) longe desse circuito. Foram realizados até agora dez dos grandes torneios. Pela ordem, restam o Aberto dos EUA e os Masters Series de Stuttgart (Alemanha) e Paris.
Em somente dois, não avançou além da primeira rodada - no Aberto da Austrália, em janeiro, e em Montecarlo, em abril.
É o único da elite a ter disputado quatro das grandes finais no ano -perdeu as de Miami e Roma. E conquistou os títulos de Hamburgo e de Roland Garros.
Concorrente mais próximo, o sueco Magnus Norman acumula hoje 533 pontos. Amealhou 124 deles (23,2%) fora dos Grand Slams e dos Masters Series -justamente onde a disputa é mais acirrada, já que o regulamento da ATP obriga a participação dos mais bem ranqueados, sob a pena de ""zerar" um dos resultados válidos pela Corrida dos Campeões. Nos últimos três torneios principais (Wimbledon, Toronto e Cincinnati), a performance de Norman despencou: não passou da segunda rodada em nenhum.
Alheio, Kuerten parece disposto a contrariar seu próprio retrospecto. Ao ser eliminado na segunda partida em Toronto, viu reaparecer a sombra de Pete Sampras.
Terceiro colocado no ranking, com 497 pontos (somente 34, ou 6,8%, alcançados em torneios menores), o norte-americano tem historicamente retrospecto superior ao do brasileiro nos eventos que restam no ano. A ameaça, por ora, não está se confirmando.
Em Toronto, Sampras caiu nas quartas-de-final (acumulou 25 pontos contra 7 de Kuerten). Em Cincinnati, recebeu o troco: semifinalista pela primeira vez (em 1997 e 1999, caíra nas quartas-de-final), o brasileiro somou 45 pontos. Sampras, não mais que 15.
Até o Aberto dos EUA, a partir do dia 28, não corre o risco de sair do topo da Corrida, que considera os resultados da atual temporada.
Os pontos contabilizados deixam Kuerten virtualmente classificado para disputar sua segunda Copa Masters. O torneio, em novembro, em Lisboa, reunirá os oito melhores de 2000.
A campanha na semana passada permitiu a Kuerten subir do quarto para o segundo posto no ranking de entradas -que contabiliza o desempenho nas 52 semanas anteriores à sua publicação- , desbancando Norman e o norte-americano. É a melhor posição já alcançada por um brasileiro.
Ele acumula o total de 3.285 pontos contra 3.855 do primeiro colocado, Andre Agassi.


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