São Paulo, domingo, 15 de agosto de 2004

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

FUTEBOL

Atacante marca os gols da vitória por 2 a 0 sobre a Ponte Preta no Pacaembu, e time fica a quatro pontos do líder

Jô faz Corinthians falar em Libertadores

TONI ASSIS
DA REPORTAGEM LOCAL

Com dois gols de Jô, o Corinthians confirmou a sua ascensão no Brasileiro bater a Ponte Preta ontem por 2 a 0. Além da vitória e de chegar aos 37 pontos, quatro atrás dos líderes, o time segue em franca evolução. Desde março de 2003 o time não ostentava uma série invicta de seis partidas (cinco vitórias e um empate).
De quebra, a equipe de Tite mostra força no Pacaembu. O último revés dos corintianos em casa ocorreu na derrota de 3 a 2 para o Santos, no dia 4 de julho. O time viu Jô mais uma vez mostrar sua vocação para o gol. Ele é o artilheiro da equipe com oito tentos, ao lado de Rogério. Já a Ponte Preta, que não era superada há três rodadas, segue com 41 pontos.
O Corinthians iniciou o jogo com forte marcação no meio para forçar o erro da Ponte. Wendel, Fabinho e Renato bloquearam o setor, enquanto que as investidas para o ataque ficavam por conta de Alessandro, escalado na vaga do suspenso Fábio Baiano.
Mas, apesar de ter o domínio do jogo, o Corinthians esbarrou na retranca adversária. Somente Weldon ficava à frente, e Júlio César funcionava mais como um marcador adiantado do que propriamente um atacante.
Diante de um jogo tão truncado, a primeira chance corintiana só apareceu em jogada de bola parada. Renato bateu forte, Lauro espalmou, e Alessandro pegou o rebote, mas a zaga da Ponte desviou para escanteio, aos 12min.
Se o Corinthians mostrou bom poder de marcação, na armação o time deixou a desejar. Bem marcado, Alessandro teve poucas chances de tentar as arrancadas. O destaque foi Jô, que recuou e serviu de referência para as jogadas ofensivas. Nos primeiros 45 minutos, ele recebeu 17 bolas e conseguiu finalizar quatro vezes.
A falta de objetividade da equipe, que também sentiu a ausência de Gil, fez com o time segurasse o jogo em seu campo de defesa. O Corinthians ficava trocando bolas na defesa para tentar surpreender no ataque. Quem acabou sendo o atleta mais acionado, com 28 bolas recebidas foi o zagueiro Valdson, que dava só toques laterais.
Nervoso com o passar do tempo, o Corinthians começou a arriscar chutes de meia distância. Só na primeira etapa o time finalizou dez vezes -a média do time no Brasileiro é de 12,2 arremates por jogo- acertando só três no alvo.
E quando o primeiro tempo caminhava para o 0 a 0, Jô fez a diferença. Ele aproveitou boa jogada de Alessandro pela esquerda, e escorou o cruzamento de cabeça para fazer 1 a 0, aos 39min.
No segundo tempo, o panorama não mudou. Apesar de precisar da vitória, a Ponte não se abriu, e o Corinthians ficou tocando a bola no meio à espera de uma falha de marcação do rival.
O grande número de passes errados dos times ajudou a piorar a qualidade da partida. As jogadas ficavam concentradas no meio, tornando o jogo monótono.
Mais preocupado em segurar o resultado do que em ampliar o placar, Tite sacou Alessandro e colocou Rosinei para aumentar a pegada. A Ponte, que pôs Macedo no lugar de Lindomar, fez a sua última tentativa, mas não conseguiu mudar a situação.
Aos 44min, em lance isolado na frente, Jô voltou a marcar. Ele gingou na frente da marcação e achou um espaço para fazer 2 a 0.



Texto Anterior: Loterias: Acompanhe os resultados de ontem das loterias
Próximo Texto: Humilde, goleador ainda espera vaga
Índice



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.