EDUARDO OHATA
DA REPORTAGEM LOCAL

A equipe de Popó desenha um retorno ""secreto" para o pugilista -em novembro, no Brasil, distante dos olhares da exigente imprensa americana, maior centro do esporte. O adversário será um boxeador ranqueado entre os 15 melhores do mundo, e a luta terá previsão para dez assaltos, segundo um integrante de sua equipe.
O combate não será transmitido ao vivo para os EUA, já que a rede de TV americana Showtime, que mantém o brasileiro sob contrato, não tem o hábito de deixar seu país para cobrir as programações.
""Como a Showtime não tinha mais datas disponíveis até o fim de 2004, após a derrota de Freitas passei a pensar em promover luta no Brasil [para seu retorno]", explica à Folha Arthur Pelullo, promotor do baiano. Nesse cenário, a pressão sobre o ex-campeão superpena e leve seria menor.
Segundo o itinerário desenhado pela equipe do brasileiro, Popó participaria de um segundo combate, em janeiro ou fevereiro, desta vez exibido pela Showtime.
Eventual revanche com Diego Corrales aconteceria só depois disso. No fim de semana passado, o americano tomou de Popó o cinturão dos leves (até 61,2 kg) da Organização Mundial de Boxe.
Foi a primeira derrota da carreira profissional do brasileiro, cujo cartel aponta 35 vitórias e 1 derrota. Corrales tem agora 39 vitórias, 32 por nocaute, e 2 derrotas.
No contrato promocional -um dos vários fechados para a realização do combate entre Popó e Corrales- firmado entre o promotor do baiano e Gary Shaw, promotor do americano, há cláusula que prevê revanche.


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